Atenção senhoras e senhores, logo chegaremos ao mundo VUCA, um mundo mais subjetivo e menos concreto. As mudanças acontecerão em uma velocidade muito maior que nos dias de hoje, gerando incertezas e relações de interdependência, que criarão um ambiente complexo dando abertura a diferentes interpretações sobre um mesmo tema.
Esse é o caminho que teremos que trilhar, em direção a algo desconhecido e diferente do que estamos vivendo nos dias de hoje. Há 30 anos, a globalização aproximou o mundo e as pessoas com a chegada do fax e do computador, além de muitas outras inovações que aconteceram nesse ínterim, mas nada se compara às mudanças que ocorrerão nessa nova etapa, que já estamos vivenciando. Essa transição exigirá reavaliação de valores, quebra de paradigmas e novos comportamentos.
Segundo os dicionários Aurélio e Michaelis, a palavra transição significa a passagem de um lugar, de um estado de coisas, de uma condição a outra. Tendo como base esse significado podemos dizer, então, que passamos diversos momentos de transição em nossas vidas.
Em meu trabalho de coach tenho a possibilidade de acompanhar clientes que em seu processo passam por situações de transição, o que despertou minha atenção para observar como eles pensam a respeito, quais são seus sentimentos e sobretudo o “modus operandi” nesse momento de transição.
O interesse por esse tema me fez buscar mais informações para validar minhas observações, e entendi que em toda e qualquer transição pessoal ou profissional, pensamos, sentimos e agimos dentro de um mesmo mindset, que é algo que nos pertence desde a infância e são reflexos de nossa essência. Este pensamento corrobora com a antroposofia, que se baseia na visão de homem proposta por Rudolf Steiner (1861-1925) abordando o ser humano nas dimensões física, psíquica e espiritual. Nas diferentes fases do desenvolvimento, estas dimensões se relacionam, interpenetram e se constroem, formando um organismo articulado: o ser humano integral.