O ano era 2013. Eu estava com 35 para 36 anos, idade que segundo os especialistas em biografia humana encontra-se no sexto setênio, um período de maior interiorização, consciência e busca pelo sentido da vida. Mas eu não fazia a menor idéia de que isto estava ocorrendo. Só sabia que, como estava, não dava para continuar.
E era estranho, porque eu sempre gostei do que fiz. Meu primeiro trabalho foi numa agência de propaganda e, desde então, só queria me aprofundar mais no assunto, conhecer novas agências, trabalhar com profissionais e clientes reconhecidos no mercado publicitário.
Mas a sensação de insatisfação podia ser percebida pela falta de ânimo para ir trabalhar e foi coroada com uma frase que ficou ecoando durante dias dentro de mim: “O que interessa é a vida”. O autor dessa frase é Oscar Niemeyer e ela estampava a capa de um livro feito em homenagem aos 18 anos da agência para a qual eu trabalhava na época. Essa frase mexeu comigo. Ela dizia, e ainda diz, muito sobre mim.
E o que eu iria fazer? Foram 16 anos atuando na área de propaganda e marketing, com pós-graduação, especializações, MBA... Por onde (re)começar? Quantas dúvidas e questionamentos. Nessa mesma época lembro de ter lido uma matéria na Revista Época Negócios falando sobre mudanças de carreira e, como pano de fundo, uma entrevista com um especialista no assunto, chamado Roman Krznaric.