Qual o meu jeito mais natural de ser Na maioria das vezes com esta pergunta que come amos o processo de aprendizagem das Din micas Humanas E ao inv s das pessoas responderem um question rio de m ltipla escolha que visa tabul -las e categoriz -las o que atende ao imediatismo e a necessidade de obter receitas prontas elas s o convidadas a mergulhar num outro tipo de proposta o exerc cio da observa o o prestar aten o em si mesmas nos seus colegas e o refletir medida em que os v rios participantes v o descrevendo para o grupo os detalhes sobre os seus respectivos jeitos de ser eles v o descobrindo o jeit o dos que lhes s o diferentes ao mesmo tempo em que acontece o encontro com os que lhes s o parecidos Isso permite queles que se sentiam sozinhos ou at certo ponto desadaptados em suas vidas l fora descobrirem que o que consideravam estranho em si mesmos natural j que existem os semelhantes para se espelharem E na medida em que as diferen as e os diferentes v o se revelando os participantes s o convidados a suspender os julgamentos para que possam observar as diversas nuances e detalhes de cada din mica ou processos de funcionamento expressas atrav s dos gestuais posturas corporais palavras express es faciais olhares energias movimentos etc E s o estimulados a buscar a beleza e o talento ou dom especial de cada um Uma das experi ncias recorrentes mais prazerosas nos grupos de aprendizagem sobre as Din micas Humanas testemunhar a alegria de cada participante quando ele finalmente descobre o seu jeito mais natural de ser e de funcionar sente-se vontade para express -lo livremente e para celebrar a sua descoberta junto com os colegas presentes num ambiente de aprecia o respeito e valoriza o do jeit o de cada um com divers o e leveza E junto com esta descoberta eles come am a reconhecer aspectos de si mesmos que lhes passavam despercebidos Certa vez o presidente de uma multinacional se identificou com v rias caracter sticas de um determinado jeito de ser mas n o reconhecia em si mesmo uma delas um radar muito apurado e multifocado uma qualidade de antena parab lica metaforicamente falando para perceber o seu entorno Sugerimos que ele continuasse se auto-observando Na hora do intervalo para o caf ele estava conversando comigo quando se deu conta que ao mesmo tempo em que conversava comigo com total aten o sem nenhuma inten o consciente ele tamb m ouvia as conversas que estavam acontecendo nas outras rodas de pessoas a nossa volta Ele se surpreendeu ao reconhecer em si mesmo esta caracter stica que por ser muito natural antes lhe passava despercebida Estas descobertas s o facilitadas com os di logos tem ticos leituras de textos mostra de filmes atividades l dicas e artesanais Eu me lembro do quanto o momento da descoberta foi emocionante para uma jovem Em cada rodada de reflex o e auto-observa o ela se identificava com uma din mica nova sem conseguir chegar numa conclus o sobre si mesma At que um dia enquanto assist amos a um filme onde crian as de mesmos jeitos de ser constru am maquetes de parques de divers o ela simplesmente se reconheceu e teve a certeza de qual era o seu jeito natural ao ver a cena em que uma crian a que funcionava segundo um determinado processo teve a iniciativa de pendurar um helic ptero num microfone situado fora da mesa...