A área da saúde é um nicho profissional com diversas particularidades, dentre elas está a referência da “prática baseada por evidências”. Tomar decisões que impactam diretamente e em caráter, muitas vezes, imediato a vida ou a morte de outras pessoas requer responsabilidade, ética e muito conhecimento. Entenda-se prática baseada por evidências em saúde o elo entre a boa pesquisa científica e a prática clínica, isto é, existem estudos adequados e de qualidade para apoiar nossas tomadas de decisão, recomendações e prescrições?
Intervenções, orientações e prescrições na área de saúde passam por esse crivo, pelo olhar crítico e muitas vezes meticuloso da ciência. Em 2015 eu publiquei nessa mesma revista um artigo apresentando uma visão geral da área de Coaching em Saúde e apontando que havia um longo caminho a percorrer para que o Coaching em Saúde fosse reconhecido como uma intervenção válida e recomendada por diversos profissionais.
Retorno agora com o fechamento de uma sequência de seis artigos e me percebo grata por poder compartilhar dados e evidências. Houve um crescimento significativo desde 2015 e isso deve ser celebrado e divulgado, só dessa forma podemos fazer a diferença na vida das pessoas e garantir uma prática profissional de qualidade e que garante padrões éticos em sua aplicação.
Após a divulgação do consenso sobre a definição e escopo de prática pelo Consórcio Internacional de Coaches em Saúde e Bem-Estar (instituição internacional credenciadora de coaches em saúde e acreditadora de escolas de formação – ICHWC) diversos estudos clínicos randomizados tem sido publicados. É possível comparar as intervenções e analisar os resultados e a efetividade de programas de coaching na mudança do estilo de vida e adoção de comportamentos saudáveis que impactam diretamente a condição de saúde da população.