revista-coaching-brasil-logo-1 icon-bloqueado icon-busca icon-edicoes icon-login arrow-down-sign-to-navigate

Edição #72 - Maio 2019

Localize rapidamente o conteúdo desejado

Diversidade se aprende em grupo

Como reflexo da expansão da luta dos movimentos sociais e a busca pela construção de uma sociedade mais igualitária, o tema da diversidade tem assumido grande expressividade no contexto recente, ganhando espaço, inclusive, no universo corporativo. O debate sobre diversidade nas empresas é amplo e complexo, justamente por abarcar diferentes marcadores sociais, como: gênero, raça, etnia, orientação sexual, identidade de gênero, pessoas com deficiência, idade/geração, grau de instrução, nacionalidade, etc.

Porém, existem diferentes formas de conduzir a discussão sobre diversidade. É possível partir de um viés romantizado ou da compreensão de que em uma sociedade como a nossa com histórico colonial – onde mais de 350 anos foram baseados na exploração escravista e patriarcal – diferença é sinônimo de desigualdade. Portanto, o reconhecimento da diversidade precisa estar vinculado a busca por equidade social e em diálogo com o paradoxo apontado por Boaventura de Souza Santos: “Temos o direito a ser iguais sempre que a diferença nos inferioriza; temos o direito a ser diferentes sempre que a igualdade nos descaracteriza.” (SANTOS, 2006, p. 316).

Ademais, devido a dinâmica das relações de poder fica nítido que existem temas mais aceitos do que outros na seara do debate sobre diversidade. Até porque, são distintos os tipos e graus de simpatia e aversão frente ao debate sobre “direitos humanos”, de modo geral. Nas empresas brasileiras, além de esta discussão ser mais recente e muitas vezes imposta pelas matrizes no caso das multinacionais, é evidente que alguns temas possuem menos capilaridade, como o enfoque na diversidade racial, por exemplo. Ou seja, parece ser mais fácil tratar sobre os direitos das mulheres, das pessoas com deficiência e até mesmo da diversidade sexual, do que falar sobre equidade racial nas organizações.

Com efeito, ainda que a população negra represente a maioria, contabilizando 54% dos brasileiros, a reflexão sobre as relações raciais não representa uma dificuldade apenas no ambiente corporativo, pelo contrário, ela é consequência da extensa e duradoura presença do mito da democracia racial no nosso imaginário social. Tal discurso alimentou uma espécie de preconceito contra assumir a existência do preconceito racial. Contudo, mesmo sendo teoricamente “velado”, o racismo possui um caráter estrutural no nosso país. Pois, “Os brasileiros valorizam sua origem diversificada, incluindo as raízes africanas, presentes na música, na alimentação, no sincretismo religioso; gostam de se imaginar como uma sociedade sem preconceitos de raça ou cor. Mas, por outro lado, é uma sociedade estratificada, em que o acesso às oportunidades educacionais e às posições de prestígio no mercado de trabalho é definido pelas origens econômica e racial.” (FLEURY, 2000, p. 19).

Para ler este artigo completo...
Faça login ou conheça as vantagens de ser premium.
Faça seu login Veja as vantagens de ser Premium
Gostou deste artigo? Confira estes da mesma coluna:

Sobre Liderança

Se existe um tema que é super falado, aclamado, festejado, este é o da Liderança. Falar sobre Liderança no mundo atual é constatar que está exatamente aqui uma das maiores carências humanas, liderar equipes, grupos, partidos, cidades, estados e países. A liderança ainda está extremamente associada ao exercício de poder que o cargo traz. Muitas vezes, como dizia minha mãe, esse... leia mais

4 minutos

Inteligência Espiritual Fortalecendo a Confiança

No mundo dos negócios, uma liderança eficaz é crucial para o sucesso das empresas. Além das habilidades técnicas e de gestão, os líderes também precisam desenvolver competências emocionais e espirituais para enfrentar os desafios do ambiente corporativo. Neste artigo, examino a relação entre inteligência espiritual e confiança, destacando como o desenvolvimento da inteligência... leia mais

10 minutos

Formas de usar – e não usar – as ferramentas de Assessment

Na minha jornada tenho usado ferramentas de Assessment desde 1992. Conheci muitas: MBTI, TMP, MEP, HOGAN, FACET, IE, Birkman, BARRETT, DISC, e por aí afora. Estudei-as e me certifiquei em várias delas. Apliquei-as aqui e no exterior. Vivenciei muitos projetos onde o assessment foi fundamental para o sucesso, mas também observei muitas vezes o mau uso das ferramentas. Quero compartilhar aqui... leia mais

10 minutos

A transformação que o luto traz na vida de uma criança

“Pensamento” Olhos se abrem sinto algo diferente Um aperto no peito que emudece a gente Ao longe ouço cochichos Mas parecem muitos gemidos Não consigo entender Porque não consigo ver   Alguém entra no quarto Me parece apressado Me chama baixinho Sua voz parece carinho Mas está embarcada Pois sua alma está dilacerada ... leia mais

12 minutos

Por Dentro Do Cérebro Procrastinador

Enquanto penso sobre este artigo, lembro-me automaticamente de todas as tarefas que venho procrastinando faz algum tempo. Sim, todos somos procrastinadores, mesmo os mais entendidos sobre o assunto. Procrastinar é um comportamento natural, comum a todos nós! Mas em alguns momentos ou para certas pessoas, este comportamento pode se tornar bastante nocivo, impactando seu desenvolvimento,... leia mais

11 minutos
O melhor conteúdo sobre Coaching em língua Portuguesa
a um clique do seu cerébro
Seja Premium