Estamos próximos da International Coaching Week (ICW) 2019, evento no qual muitas iniciativas de divulgação do coaching vinculado à International Coaching Federation (ICF) serão viabilizadas por meio da ICF no Brasil e no mundo. Este é um momento de forte divulgação desta atividade profissional que é uma profissão moderna e em franco crescimento e desenvolvimento.
Como toda profissão nova e, “da moda”, o coaching continua sendo muito questionado ou aplaudido em várias instâncias. Por um lado, temos um crescimento expressivo. Dados da ICF Global Consumer Awareness Study de 2017 e do Global Coaching Study de 2016 mostram, por exemplo que:
- 88% dos clientes de coaching estão satisfeitos com a experiência de coaching;
- a maioria das empresas que têm melhores resultados, têm coaching como um dos pilares da atividade de gestão de pessoas;
- temos em torno de 51 mil profissionais de coaching no mundo e 10 mil líderes que usam o coaching como ferramentas de gerenciamento;
- o coaching movimenta mais de 2 bilhões no mundo;
- No Brasil, o coaching cresceu mais de 300% no últimos 4 anos;
- o coaching está sendo democratizado, cada vez mais profissionais da base da pirâmide das organizações, em termos de hierarquia, estão tendo a oportunidade de receber coaching;
- há indícios de que organizações com culturas fortes de coaching performam melhor que as que não têm.
Coaching: oportunidade profissional e exigências da profissão
Flávia Feitosa
PhD Psicologia Social (USP) e PCC ICF
Vive sobre o propósito de: “ser uma operária do desenvolvimento humano por intermédio do trabalho com indivíduos, grupos e organizações”.
contato@flaviafeitosa.com
Estamos próximos da International Coaching Week (ICW) 2019, evento no qual muitas iniciativas de divulgação do coaching vinculado à International Coaching Federation (ICF) serão viabilizadas por meio da ICF no Brasil e no mundo. Este é um momento de forte divulgação desta atividade profissional que é uma profissão moderna e em franco crescimento e desenvolvimento.
Como toda profissão nova e, “da moda”, o coaching continua sendo muito questionado ou aplaudido em várias instâncias. Por um lado, temos um crescimento expressivo. Dados da ICF Global Consumer Awareness Study de 2017 e do Global Coaching Study de 2016 mostram, por exemplo que:
- 88% dos clientes de coaching estão satisfeitos com a experiência de coaching;
- a maioria das empresas que têm melhores resultados, têm coaching como um dos pilares da atividade de gestão de pessoas;
- temos em torno de 51 mil profissionais de coaching no mundo e 10 mil líderes que usam o coaching como ferramentas de gerenciamento;
- o coaching movimenta mais de 2 bilhões no mundo;
- No Brasil, o coaching cresceu mais de 300% no últimos 4 anos;
- o coaching está sendo democratizado, cada vez mais profissionais da base da pirâmide das organizações, em termos de hierarquia, estão tendo a oportunidade de receber coaching;
- há indícios de que organizações com culturas fortes de coaching performam melhor que as que não têm.
Por outro lado, constantemente surgem críticas à esta atividade e denuncias de irregularidades que muitas vezes causam estranhamento em qualquer coach bem formado. Em primeiro lugar, vale ressaltar que como toda profissão que está na moda e é jovem, acabam sobrando janelas de oportunidades para oportunistas e equivocados. Não é deste tipo de atividade que quero gastar tempo falando. Mas também, não podemos ignorar que tem pessoas utilizando do coaching para vender outras coisas. Mas fato é que isto incomoda também aos próprios coaches, que investem imensamente em sua capacitação e formação.
O mais importante aqui é falar sobre o que é o coaching e o que garante com que o mesmo cresça com qualidade e desafiando todos os profissionais que o praticam.
Como já sabemos, “coaching é uma parceria entre o Coach (profissional treinado para entregar o processo de coaching) e o Coachee (pessoa que passará pelo processo de coaching), em um processo estimulante e criativo que os inspira a maximizar o seu potencial pessoal e profissional, na busca do alcance dos seus objetivos e metas através do desenvolvimento de novos e mais efetivos comportamentos.” (ICF, 2008)
A prática do coaching não é regulamentada, mas o Brasil e o mundo têm a ICF, uma associação que trabalha para garantir a qualidade da prática do coaching. Há outras associações também muito relevantes, mas é a partir da minha experiência com a ICF que quero falar. Ela é um exemplo do que já acontece em outras, ou do que devemos procurar em uma associação quando nos vinculamos a ela.
Portanto, conto aqui uma parte da minha história pessoal com o coaching e com a ICF. Há 13 anos trabalho com coaching. Em um determinado momento, eu tocava uma carreira de executiva paralela a atividade de coaching que se iniciava. Isto durou uns 7 anos, mas é sobre um acontecimento de 9 anos atrás que vou contar. Eu trabalhava muito e tinha pouco tempo para continuar me dedicando ao coaching, especialmente a tudo o que a ICF me exigia. Para quem não sabe, todo Coach ICF tem que fazer 40 de créditos educacionais e mais um conjunto robusto de horas de mentoria, a cada três anos, para garantir suas credenciais tão requisitadas. Enfim, eu estava há 7 meses do meu deadline trienal e pouco tinha feito. Conversei com alguns colegas para anunciar que estaria desistindo. Disse que eu amava a atividade, mas que estava muito desgastante fazer as duas coisas e que eu tinha pouco tempo para cumprir com os requisitos do triênio. Mas, uma colega de profissão me fez reconsiderar. Disse o quanto eu tinha futuro na profissão e como as atividades e forma de funcionamento da ICF contribuiriam com o meu desenvolvimento. Posso dizer que ela foi categórica: Você não pode desistir! Já conquistou muitas etapas! (eu já era ACC) Tem que continuar. Repensei e decidi dar conta do recado. Foram seis meses participando de muitos eventos, fazendo várias atividades virtuais desenvolvidas no Brasil e em outros lugares do mundo, além do grupo de mentoria. Logicamente que uma das maiores preocupações era o investimento de tudo aquilo. Preocupação que, surpreendentemente, ficou mais por conta do investimento do meu tempo do que o financeiro, que foi mínimo, em função do que a ICF me propiciou.
Quando cheguei em dezembro, consegui renovar a credencial. Foi aí que percebi como tudo aquilo tinha feito diferença para a minha atividade. Igual quando terminei meus estudos no mestrado e no doutorado, eu olhei para mim e disse: estou melhor! Era notório que, a partir daquele momento, eu tinha me tornado uma Coach mais consciente. Eu passei a compreender melhor as competências relacionadas ao coaching. Era mais corajosa nas sessões, arriscava novos comportamentos com o cliente e, por consequência, recebi muitos feedbacks positivos dos mesmos, especialmente com os resultados que meus cliente tiveram e, por consequência, mais clientes entrando, mais relacionamentos. Devo confessar também que não foi fácil, 40 créditos educacionais somado às mentorias significam muita coisa. Só quem já fez, sabe. Especialmente em tão pouco tempo.
Relato aqui o meu caso, que mostra alguns dos motivos pelos quais acredito que o coaching, com suas associações, tem feito um trabalho muito sério que, por consequência, justifica os resultados apresentados acima.
Sim, estamos crescendo muito. Há uma janela de oportunidades. Estamos crescendo organicamente e exponencialmente. Mas sabemos também que é uma atividade profissional que exige muito estudo. Como Coach, você não fará um único curso que te habilitará para sempre. O coaching é uma ciência multidisciplinar que exige de seus profissionais uma eterna dedicação de desenvolvimento! Isto é o que dará aos coaches uma visão sistêmica do processo, ao invés de formar meros multiplicadores de técnicas aprendidas.
Por outro lado, constantemente surgem críticas à esta atividade e denuncias de irregularidades que muitas vezes causam estranhamento em qualquer coach bem formado. Em primeiro lugar, vale ressaltar que como toda profissão que está na moda e é jovem, acabam sobrando janelas de oportunidades para oportunistas e equivocados. Não é deste tipo de atividade que quero gastar tempo falando. Mas também, não podemos ignorar que tem pessoas utilizando do coaching para vender outras coisas. Mas fato é que isto incomoda também aos próprios coaches, que investem imensamente em sua capacitação e formação.