Tenho percebido, pelos próprios processos de coaching e pelas facilitações em grupo, o quanto muitas vezes há confusão entre agirmos com base em uma comunicação empática ou agirmos com a tendência a sermos bonzinhos ou falarmos educadamente. Há tanta diferença! Vejo, principalmente em pesquisas aqui no Brasil e na America Latina, o quanto temos receio de perder as relações por conta de uma comunicação mais assertiva. Pensamos muitas vezes assim “Se eu falar minha ideia ou opinião, ele não vai gostar, então prefiro preservar a amizade”.
Em uma reunião, um RH compartilhou comigo o quanto os colaboradores estavam tentando agir empaticamente uns com os outros por meio de uma educação não habitual e de certa forma até desnecessária para o ambiente, com excessos de “por favor” e “tom de voz doce e calmo”, sem revelar efetivamente o que era importante. Educação todos gostam e facilita as relações. No entanto, para conectar genuinamente uns com outros e termos diálogos mais produtivos é necessário sair da superfície e mergulhar. Vai muito além de sermos bonzinhos, simpáticos, sorridentes, falar mansamente, falar roboticamente ou concordar com tudo o que se ouve.