Os resultados da pesquisa Women in the workplace 2018 (Mulheres no mundo corporativo 2018 - tradução livre) recentemente publicada pela plataforma LeanIn.Org em parceria com a consultoria McKinsey & Company, constatam que ainda que as empresas norte-americanas aleguem que estar comprometidas com ações de diversidade de gênero, houve pouquíssimo progresso. As mulheres seguem sendo a minoria em todos os níveis e se considerarmos os dados para mulheres negras, o resultado é ainda pior – cerca de 1 em cada 5 líderes-sênior é uma mulher e 1 em 25 é uma mulher negra.
Os principais resultados deste estudo comprovam que as mulheres têm feito sua parte: há décadas elas são a maioria a completar os estudos em nível superior – portanto acumulam suas competências técnicas para fazerem jus às funções. No entanto, elas são contratadas em menor quantidade nos cargos iniciais de carreira. E nos níveis subsequentes da carreira, elas são menor número no pipeline.
No nível sênior de liderança, mulheres acumulam mais responsabilidades domésticas em comparação aos homens que ocupam cargos nesse nível. Essas gestoras-sênior, em comparação aos homens no mesmo nível, têm o dobro de chances de estarem em relacionamento com pessoas que também trabalham em período integral, indicando que elas têm chances menores de contar com alguém em casa que se dedique de forma exclusiva aos cuidados da casa e das crianças. Esta pesquisa, que é o maior estudo abrangente sobre as mulheres no mundo corporativo na América do Norte, aponta – o que não surpreende – que 42% das mulheres em posição sênior de liderança não desejam assumir posições no último nível das empresas porque isso representaria grande impacto para suas famílias, contra 35% dos homens no mesmo nível.