“A qualidade de tudo que fazemos depende da qualidade do pensamento que desenvolvemos antes da ação e da forma como estamos sendo tratados pelas pessoas ao nosso redor.”
Nancy Kline
O Thinking Environment parte de pressupostos libertadores e ao mesmo tempo assustadores. É libertador pensar que não dependemos exclusivamente de fatores externos e/ou caros para obter resultados no mundo. Mas ao mesmo tempo, ficamos ansiosos ao pensar nisso, principalmente na era digital da atenção continuamente desfragmentada. Afinal, quais espaços hoje nos permitem pensar com confiança sobre o que realmente importa para nós? Quantas empresas estão conseguindo criar uma cultura em que seja possível pensar sobre os desafios complexos que permeiam seu dia-a-dia ou a mente de seus colaboradores?
Trabalhando como facilitadora e designer de experiências, eu percebo que os ambientes onde há qualidade de pensamento, na maioria dos casos, não são organicamente construídos, e sim intencionalmente desenhados. Nossa cultura competitiva, racional e focada em números e crescimento econômico influencia a forma como aprendemos a nos tratar enquanto estamos pensando. Enquanto por um lado as transformações do mundo nos pressionam para ampliarmos nossa consciência frente à complexidade dos desafios, por outro não temos a menor ideia de como criar espaços para pensar com qualidade.
Por isso, acredito em desenhar experiências que possibilitem reunir pessoas, de modo que elas consigam pensar criativamente, desafiar suas crenças e se mover adiante, elevando seu grau de consciência sobre algo que importa para aquele grupo.
Design de experiências e Thinking Environment
O Design vem se expandindo e, se antes era utilizado apenas para o desenho de comunicação e depois para o desenho de artefatos, hoje é utilizado também para o desenho de interações/processos e finalmente para o desenho de ambientes e sistemas. Utilizo o Design para criar experiências de conexão focadas na jornada emocional e/ou criativa de grupos dentro daquele tempo e espaço predefinidos.