A primeira vez que fiz uma sessão de Thinking Environment foi chocante!
Era uma tarde na casa de um amigo que Ana e eu visitávamos na Cidade do Cabo. Falávamos sobre abordagens de transformação pela consciência. “Quer fazer uma sessão de pensamento?” – ele ofereceu. Concordei, pois fiquei curioso para conhecer. Após as instruções, ele me deu 20 minutos para pensar sem interrupção. Foi perturbador e difícil manter o foco no meu pensamento que, em alguns momentos, parecia parar. Ele não me interrompia nem dava conselhos, só me incentivava a continuar pensando. Pela primeira vez entendi o significado do “pensar por si mesmo.”
Com a experiência, fui vendo a beleza e a verdade desse processo. Cada tema pensado, decisão tomada e ações elaboradas me empoderavam de tal maneira que era mais fácil depois implementá-las e monitorá-las.
É uma alegria ver crescer uma comunidade de profissionais de coaching, consultoria, mentoria e facilitadores comprovando o valor de criar um Ambiente para Pensar. Se acreditarmos que a mente que tem o problema também tem a solução, o que nós, coaches, podemos oferecer de melhor para que o cliente possa encontrar por si mesmo a solução?
O Thinking Environment é a forma menos intrusiva de coaching que já vi. O cliente é totalmente responsável pelo processo. Nessa edição da Revista Coaching Brasil, vamos tratar dessa abordagem em sua forma mais pura e também quando combinada com outras abordagens de coaching ou trabalhos de grupo.
Minha parceira de vida e colega, Ana, oferece uma visão geral sobre o Thinking Environment e seus Dez Componentes, a partir do que aprendeu bem próxima da fonte original do trabalho.
Trisha Lord, nossa mentora, é membro do Global Faculty do Time to Think, organização global que certifica coaches, consultores e facilitadores ao redor do mundo. Ela descreve uma sessão de pensamento e o poder da pergunta incisiva para remover pressupostos limitadores.
Valter Ribeiro é coach muito experiente e treinador de PNL. Ele descreve como foi sua experiência em uma sessão de pensamento e o que mudou para ele após conhecer o Thinking Environment.
Em meu artigo, dei ênfase à questão da contratação para o coaching em Thinking Environment. Percebemos, com nossa experiência, o que é importante explicar ao cliente para que possa desfrutar da sessão, acessando seu pensamento de forma independente.
Nossa colega Angela Vega dá uma narrativa sobre o que mudou para ela ao incorporar o Thinking Environment como coach e facilitadora. De uma forma bem autêntica, ela descreve várias aplicações e traz uma visão peculiar sobre o Thinking Environment como uma escolha da vida.
Marcelle Xavier oferece a perspectiva do Thinking Environment no trabalho com grupos, mas que pode funcionar também no trabalho individual. Ela compõe com várias abordagens e ressalta o efeito surpreendente da escuta e dos componentes.
Bons pensamentos!
Com sincero agradecimento,
Steffen Münzner
Artigo publicado em 14/02/2019