Investigação Apreciativa (IA) é uma análise e abordagem de mudança que incide sobre as dimensões positivas da vida de um sistema, seja indivíduo, equipe ou organização. Essa abordagem fornece um processo para acessar os pontos fortes de uma pessoa e de um sistema e ampliar a sua capacidade de se engajar em mudanças que desejam realizar em suas vidas. A IA usa a energia positiva que vem da tomada de consciência dos pontos fortes existentes para criar uma imagem de futuro que é inspiradora, ousada, e que acende o desejo da(s) pessoa (s) de criar ou cocriar o futuro desejado.
A IA foi criada com a intenção de trazer à tona o melhor das pessoas e organizações. Algumas vezes, as pessoas, quando conhecem a IA pela primeira vez, se concentram mais no adjetivo – apreciativa – e não prestam muita atenção ao verbo investigar. O convite da investigação apreciativa é investigar, o que quer dizer buscar, descobrir, aprofundar o conhecimento de forma apreciativa. Apreciar quer dizer aumentar em valor, sendo assim, a IA é um processo de investigar para tentar descobrir e aumentar em valor o melhor de um sistema.
O processo passa por 4 fases: descoberta, sonho, desenho e destino. Na descoberta, uma das principais fases da IA, as pessoas são convidadas a olharem para seu passado e colocarem foco somente nos momentos mais positivos, momentos quando se sentiram mais vivas, inspiradas, engajadas e compartilhar a história desse momento. Olhar para o passado usando um processo positivo como guia e revisitar momentos felizes, saudáveis, pode trazer grandes aprendizados e empoderamento.
A segunda fase é o sonho. Quando somos capazes de conectar com um passado de realizações, nossa mente naturalmente se move em direção ao futuro, aos nossos sonhos, às coisas que desejamos agora, pensamos em nossos objetivos, e tudo que queremos realizar em nosso futuro. O sonho é a fase da IA em que imaginamos a melhor possibilidade de futuro e criamos uma imagem atrativa para nós e às pessoas ao nosso redor.
A terceira fase é o desenho, quando construímos o mapa para chegar ao nosso sonho. Aqui, usamos diferentes técnicas para nos ajudar a organizar as ideias, tendo em mente a pergunta: como vamos fazer acontecer o nosso sonho? Assim organizamos os passos necessários para se chegar às imagens desejadas.
A quarta fase é o destino, quando criamos as condições em nossas vidas que são conducentes para sustentar as mudanças necessárias para chegarmos ao nosso sonho. Aqui, pensamos em como iremos abrir espaços em nossas agendas para realizar o novo. Em alguns casos, para as organizações, se pode pensar até na criação de novas estruturas e processos de trabalho. Em outros, novas equipes são formadas. Já para os indivíduos, se trata do exercício de criar novos hábitos que ajudarão na caminhada em direção aos sonhos.