O Eneagrama é o resultado de um conhecimento milenar, que chegou ao ocidente trazido por George Ivanovich Gurdjieff, um estudioso e buscador de origem caucasiana. No início dos anos setenta, o boliviano Oscar Ichazo transmitiu a utilização deste sistema a um grupo de interessados no assunto, numa longa vivência ocorrida no Deserto de Arica, norte do Chile.
Dentre os participantes, se encontrava o psiquiatra chileno Claudio Naranjo que, juntamente com Ichazo, desenvolveram o sistema, dotando-o dos ingredientes necessários à sua divulgação, tornando-o acessível a milhares de pessoas em todo o mundo. A maneira de Naranjo trabalhar com grupos é um convite às pessoas para a auto-observação e o conhecimento de si.
O que os Cursos do Eneagrama da Personalidade pretendem é a combinação de exposições teóricas com exercícios psicológicos e vivências práticas, para que os participantes auto identifiquem o seu tipo de personalidade e passem a trabalhar suas dificuldades e incrementar seus pontos fortes. Uma vantagem complementar dos cursos é o entendimento que se obtém das atitudes e comportamentos das outras pessoas, facilitadas pela tradição denominada de “transmissão oral”, na qual os participantes contam pessoalmente suas histórias aos demais.
Claudio Naranjo colocou o Eneagrama no contexto das ideias psicológicas, dotando este sistema das peças que faltavam para sua divulgação. Ele retirou a questão do domínio dos que sabem e tornou possível o desenvolvimento de linhas de questionamento para que as pessoas pudessem identificar seu tipo, partindo-se das histórias de vida de seus similares. Certamente, Naranjo foi quem mais contribuiu para a estruturação e divulgação deste sistema, tendo feito isto visando inicialmente os Psicoterapeutas e, posteriormente, os Buscadores. Sua pretensão atual são os Educadores.
O Eneagrama é um modelo de funcionamento da personalidade humana, que oferece uma detalhada descrição dos mecanismos internos das pessoas, bem como uma previsão confiável de suas atitudes e comportamentos frente às diversas circunstâncias da vida. Funciona como um sistema utilizado para ajudar as pessoas a se conhecerem melhor e, assim, possibilitar-lhes trabalhar aqueles aspectos que atrapalham sua vida e a de outros. O modelo agrupa as pessoas em 9 tipos básicos, representados pelos sete pecados capitais, acrescidos de medo e vaidade. O objetivo é dar às pessoas a oportunidade para conhecerem seu tipo básico, ou seja, suas atitudes, comportamentos e motivações. Todos têm algumas características dos nove tipos, mas há uma que determina sua maneira de estar e atuar no mundo. Como esta maneira é compulsiva e repetitiva, deve ser conhecida para que haja uma atuação efetiva visando sua mudança.