“Assertividade é olhar para dentro de si
e se perdoar por não ser perfeito.”
Vera Martins
Como psicóloga, sou uma observadora do comportamento humano. Onde estiver, observo as atitudes das pessoas. Uma das situações que me encantam são as pessoas que se posicionam de forma firme e pontual quando encontram dificuldades. Procuram escutar o outro lado da história, com serenidade, sem interromper a fala de ninguém. Parece que estão, na maioria das vezes, de “bem com a vida”. A assertividade dessas pessoas é que faz a diferença.
Mas o que é assertividade? Trata-se de um estilo de comunicação que se caracteriza por ter foco, clareza, objetividade, honestidade e transparência. Assim, comunicar-se de forma assertiva é expressar, sem constrangimento e rodeios, sentimentos, opiniões e necessidades e ainda escutar ativamente nossos interlocutores, estimulando-os, dessa forma, a assumir consciência de suas próprias escolhas na vida pessoal e profissional.
Pode parecer simples, mas está longe de ser assim. A comunicação assertiva exige uma mudança de foco, porque, quando os sentimentos são assumidos como nossos e nos tornamos responsáveis por eles, a reflexão passa a ser diferente. Desse modo, deixamos de culpar o outro como causador de qualquer emoção que temos. A outra pessoa não tem esse poder!
A relação com o outro passa, então, a acontecer com menos cobrança e menos expectativa, e nossa comunicação tem maior probabilidade de ser ativa e não mais reativa. Decido o que quero sentir e faço o que escolhi fazer. Esse conhecimento é altamente libertador!
Verdadeiro ou simpático?
Sabe-se que existem muitas dificuldades para que a comunicação assertiva, tanto verbal como escrita, torne-se a primeira escolha quando estamos frente a frente com relações familiares, sociais e profissionais. Muitas vezes, as pessoas preferem reagir de forma simpática, com uma comunicação passiva, ou de forma antipática, sendo agressivas, no lugar de agir de forma empática, sendo assertivas.