Todos nós possuímos limitações e crenças e os carregamos pela vida afora. Em determinados momentos em que nos sentimos aprisionados por elas, construímos uma armadura de gesso que, embora rígida, é, na realidade, frágil e quebradiça, tal qual o que as motivou. Em dados momentos, nos sentimos incomodados, quer seja pelo calor causado por elas, quer seja pela coceira causada pelos fragmentos do calcário; sentimo-nos incomodados e desconfortáveis, buscando, de alguma forma, uma maneira de nos livrar do mal-estar.
Surge aí, o que Senge (1999) chamaria de “tensão criativa” que, na realidade, é a busca de alternativas ou mudanças. Explicando melhor a origem da armadura, posso dizer que ela tem origem nas nossas vivências e nas marcas que permitimos que elas nos causem, formando o que é chamado de “modelos mentais”, que são também advindos de nossa educação e dos ambientes em que convivemos. Em tais momentos, muitas vezes nos angustiamos, entramos em crise, pois não conhecemos outro modelo de pensar e agir, e este, mesmo não dando certo, nos é conhecido, apesar das limitações que possui. O incômodo cresce, os resultados não aparecem, o mundo parece conspirar contra nós, pois nada parece melhorar.