icon-bloqueado icon-busca arrow-down-sign-to-navigate

Edição #63 - Agosto 2018

Localize rapidamente o conteúdo desejado

Editorial - Ed. 63

Caro leitor,

após uma edição sobre vendas em Coaching, um tema delicado e que foi tratado com muita maturidade no dossiê coordenado por Simone Kramer, sentimos a necessidade de dar um passo a mais no sentido de aprofundar a discussão sobre as questões éticas que envolvem a divulgação, as ofertas, o processo de venda e o pós venda.

O tema Coaching está desgastado no mercado exatamente porque aqueles que o vêem como uma mercadoria, o “coisificam” e, assim, ocorre uma distorção em todo o foco do processo. Em seu texto “Coaching não é mercadoria”, Robson Santarém alerta para o processo de mercantilização do Coaching. Utilizando as mídias digitais como principal canal de comunicação, alguns oportunistas e outros acreditando fazer o que precisa ser feito, elaboram chamadas cada vez mais provocativas para chamar a atenção dos internautas.

Supostos mentores de coaches convocam recém formados a lotar suas agendas e a fazer uma primeira sessão inesquecível. Nestas atitudes vemos o foco colocado no Coaching enquanto produto e não como processo que é. De acordo com a ICF, “Coaching é um processo de acompanhamento reflexivo e criativo feito em parceria com os clientes, objetivando inspirá-los a maximizar o seu potencial pessoal e profissional”. Quando é feito um planejamento inicial de primeira sessão “inesquecível” para “fisgar” o cliente, retira-se o foco do coachee, de um primeiro encontro de pura prospecção, conhecimento, exploração e o foco passa ao coach, que precisa impressionar de alguma forma seu futuro cliente. É muito ego envolvido.

Eva Hirsch, em seu texto “Sua reputação é seu maior argumento de vendas”, fala sobre a equação da confiança desenvolvida por Green & Howe:

CONFIANÇA = Credibilidade+Confiabilidade+Proximidade/Auto-interesse

O “auto-interesse” é quanto a pessoa objeto da confiança coloca o foco em si própria ou no cliente. Quanto mais ela colocar o foco em si, em suas habilidades maravilhosas, suas formações fantásticas, etc, menor será a confiança, pois o cliente percebe que a pessoa está mais interessada nela própria do que efetivamente no cliente.

Enfim, todos estes aspectos merecem um olhar crítico e esta edição premia este questionar ético sobre como encarar um processo de abordagem, venda e pós venda em Coaching.

Tenha uma excelente leitura.

Luciano Lannes
Editor

Artigo publicado em 31/08/2018
Gostou deste artigo? Confira estes da mesma coluna:

Editorial - Ed. 151 - Prática de Vida Integral

Querido(a) leitor(a), Chegamos a mais um final de ano. Alguém mais está com a sensação de que este ano passou meio rápido? Foi um ano de muitas mudanças no mundo, nas publicações, nas mídias sociais, na internet, nas empresas e nos RHs. Parece que duas letrinhas viraram a nova febre do momento “IA”. Mas o que queremos mesmo é falar sobre o humano. Alguns temas chegam de... leia mais

5 minutos

Ediitorial ed 150 - Action Learning - Parte II

Querido(a) leitor(a), Chegamos à edição 150 da Revista Coaching Brasil, e há algo profundamente simbólico nesse número redondo, cheio de sentido. Mais do que um marco editorial, esta edição representa um ciclo que se completa e, ao mesmo tempo, se renova. Em 2019, publicamos a edição 70, dedicada ao Action Learning, quando o Brasil recebeu pela primeira vez a Conferência... leia mais

4 minutos

Editorial - Ed. 149 - Action Learning

Querido(a), leitor(a), Nesta edição trazemos o tema Action Learning, Aprender Fazendo, Refletindo e Crescendo Juntos. Há algo profundamente transformador em uma pergunta bem-feita. Ela nos obriga a parar, olhar de novo, reconsiderar certezas. É isso que o Action Learning faz , ele nos convida a viver a coragem de não saber, a humildade de perguntar e a sabedoria de aprender com o... leia mais

4 minutos

Editorial - Ed. 148 - Cultura Organizacional

Querido(a), leitor(a), há algo invisível, mas sempre presente, que guia cada gesto, cada silêncio, cada decisão dentro de uma organização. É como uma música de fundo que nunca para de tocar, às vezes suave, às vezes estridente, às vezes quase inaudível, mas que dita o ritmo da dança. Essa música se chama Cultura Organizacional. Esse tema me acompanha há mais de três... leia mais

4 minutos

Estruturas Libertadoras

Querido(a), leitor(a), No dossiê desta edição, falamos sobre pessoas e a forma como participam e interagem em grupos e equipes, seja no trabalho, em reuniões, ou mesmo no ambiente de treinamento. A baixa participação de muitas pessoas nessas ocasiões, seja por medo, insegurança ou desinteresse, compromete a representatividade das soluções construídas e enfraquece o compromisso... leia mais

4 minutos
O melhor conteúdo sobre Coaching em língua Portuguesa
a um clique do seu cerébro
Seja Premium