Em tempos de abundância de oferta, onde proliferam coaches dos mais variados níveis e qualificações, com as mais diferentes propostas, pode ser útil considerar sua base teórica e conceitual, autores que os inspiram, conhecimentos que respaldam sua prática.
Olhar a estante de alguém traz pistas significativas dos caminhos que percorrem os seus pensamentos. Olhar com mais cuidado a formação e a fonte inspiradora dos estudos de um profissional indica a orientação de suas práticas, sinaliza sua forma de atuação e ajuda um futuro coachee a estabelecer um filtro para sua escolha, alguém disposto a investir tempo, energia, dinheiro e, principalmente, suas expectativas de desenvolvimento pessoal e profissional.
Uma base conceitual sólida é o que orienta os estudos contínuos, a abordagem, metodologia e práticas dos coaches profissionais, capazes de separar com seriedade e consciência um aprendizado significativo e coerente dos modismos ou visões simplistas e reducionistas das dinâmicas humanas.
Afinal, em última análise, são elas o grande objeto de trabalho nos processos de Coaching individual e de Coaching de equipe: explorar a riqueza, variedade e profundidade dos relacionamentos, seus impactos e consequências atuais e as novas alternativas de ação, com possibilidade de construir:
· em nível individual: maior capacidade de utilização de seu potencial, maior senso de realização e conquista de metas;
· em nível coletivo/empresarial: melhor entendimento e “trânsito” nas dinâmicas corporativas, uma forma mais consciente e produtiva de lidar com equipes, jogos de poder, uso de autoridade, desenvolver real cooperação e efetiva comunicação, entre outras.
Para dar conta de tanta complexidade, o coach precisa estar continuamente antenado e disponível para aprofundar, independentemente de sua graduação acadêmica, conhecimento e referencial teórico que validem e sustentem sua prática, o que irá encontrar em especial nas Ciências Humanas.
Longe de esgotar o assunto, ou estabelecer uma lista de fontes, este artigo pretende estabelecer apenas um pequeno paralelo de princípios do Coaching Executivo e Empresarial com o pensamento de algumas poucas correntes humanistas. Ele pretende ser muito mais um estímulo para uma investigação cada vez mais ampla e que nunca irá se completar.