O termo Isomorfismo é aplicado, há muito tempo, em Álgebra, Mineralogia, Biologia, Filosofia, sempre indicando “semelhança entre formas que permite relação de correspondência”.
Desde o alvorecer do Processo Histórico do Sistema ISOR®, para atividades de Coaching e Mentoring, houve sempre uma atenção, diria mesmo, uma preocupação pela conformidade entre o pensamento - as crenças, os conceitos, as normativas – e a ação.
A história do Sistema ISOR® nos remete ao Prof. Antônio Rubbo Müller, com sua Teoria da Organização Humana – a TOH – tese de doutorado defendida na Universidade de Oxford em 1950. Müller agrega aqui os saltos qualitativos que aconteciam no estudo das relações humanas. É uma teoria assentada numa visão sistêmica que, com seus 14 subsistemas e sua visão tridimensional, supera a visão cartesiana, compartimentada e fragmentada, na descrição da realidade social humana.
Rubbo Müller nos abriu as portas para a grande revolução que vinha acontecendo no âmbito científico ocidental – Evolucionismo, Relatividade de Einstein, Física Quântica, Psicanálise, Teoria dos Sistemas, Antropologia Social, Cibernética, Psicologia Social e todas as suas derivações.
Em seu referencial, publicado oito anos depois, em 1958, “Componentes da Estrutura da Personalidade”, um gráfico complexo que complementa sua Teoria da Organização Humana, já aparece, em relação a Crenças, nos chamados Imperativos Sinérgicos, a dualidade Conformidade (Elucidação) e Inconformidade (Mistificação). Um conhecimento, uma crença, ou está em conformidade com a dinâmica sinérgica da vida, ou é uma mistificação que alimenta o desconhecimento e o desacerto frente à realidade.
O Prof. Waldemar de Gregori, que foi aluno do Prof. Müller na Escola Pós-Graduada de Ciências Sociais na FESP-SP, já aplicou o termo Isomorfismo para caracterizar a conformidade da Simbolosfera, isto é, do universo simbólico (conceitos, crenças, teorias, discurso) e o universo emocional (sentimentos, desejos, intuições, sonhos), com a Cronosfera, o universo dos fatos (o real, o fazer, a ação).
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Renato Klein