Carl Rogers (1902-1987) foi um psicólogo humanista, que desenvolveu o aconselhamento centrado no cliente (também chamado de não-diretivo ou psicoterapia Rogeriana) nos anos 80. Seus princípios básicos eram: consideração positiva incondicional, autenticidade, empatia e compreensão demonstrada pelo terapeuta como necessária e suficiente para criar uma relação favorável para permitir ao cliente experimentar plenamente o seu “eu” (Self).
A ideia de Rogers sobre “pessoa em pleno funcionamento” envolve:
• A percepção acurada de sentimentos e experiências no mundo de cada um;
• Viver no presente, ao invés do passado (foi), ou no futuro (ainda por vir);
• Confiar em seus próprios pensamentos e sentimentos. Fazer o que vem naturalmente;
• Reconhecer a própria liberdade e assumir a responsabilidade pelas próprias ações;
• Participação plena no mundo, inclusive contribuindo para a vida de outras pessoas.
A abordagem centrada no cliente de Carl Rogers sugere que os clientes têm as respostas dentro de si. Ele criou os termos “consideração positiva incondicional” e “psicologia humanista”.
De acordo com Patrick Williams, fundador da “Training International Life Coach”, Rogers introduziu a prática do ouvir, refletir e, parafrasear, assim como o valor do silêncio e do espaço sagrado. Você pode perguntar: "-O que isso tem a ver com Coaching?" Afinal, Rogers morreu antes do nascimento formal do Coaching. E o que faria uma das pioneiras do Coaching, Laura Whitworth, co-fundadora do Instituto de Formação de Coaches, dizer: "- Carl Rogers estaria sorrindo com satisfação se pudesse ver o Coaching hoje”.
Vejamos um pouco de história. Dianne Stober, psicóloga e também coach, afirma que as raízes humanistas da filosofia ocidental são uma base filosófica subjacente do Coaching atual. Da filosofia humanista, o Coaching integrou os conceitos de responsabilidade, descoberta, opções abertas, a liberdade e a capacidade de crescimento e realização.