Foi com enorme satisfação que coordenei esse dossiê que, neste momento especificamente, fez todo sentido para mim. Olho para esta colcha de preciosos retalhos e ela me parece harmoniosa, representando a voz de cada pessoa que colaborou para que ela fosse possível e ao mesmo tempo compondo um contínuo em seu fio condutor, cujo tema central foi o da responsabilidade.
Olhamos para a construção do indivíduo e a responsabilidade que permeia sua autoconstrução na coerência entre afeto-pensamento-linguagem-ação.
Problematizamos nossa responsabilidade pela forma como divulgamos nosso trabalho e toda crise ética gerada pela inserção do coaching na mídia de massa.
Pensamos sobre como a tentativa de encontrar atalhos e encurtar caminhos pode impactar nossas vidas e ter consequências que nem sempre queremos.
Articulamos sobre a importância de uma visão crítica e não-ingênua sobre o coaching no sentido de criarmos uma teoria consistente e, portanto, podermos afirmar sua potência.
Falamos sobre a responsabilidade do indivíduo que escolhe um processo de coaching para desenvolvimento pessoal e sobre a cesura (ou quiebre) que antecede essa escolha, além de podermos expressar as possibilidades de aprendizado contidas em cada processo, sobre a responsabilidade pela transformação que o coachee quer para si próprio.
Finalizamos com um olhar sobre a responsabilidade do coach-facilitador de grupos, cuja atuação e movimentos devem estar à disposição do coletivo.
A escrita foi feita por coaches ontológicos e, no meu ponto de vista, isso transparece de forma muito marcada nos textos, o que me orgulha profundamente.
Minha gratidão aos autores que aceitaram o desafio e minha admiração pela qualidade dos trabalhos.
Boa leitura.
Káritas Ribas
Artigo publicado em 15/03/2018