Os dilemas que as pessoas trazem para um processo de coaching possuem muitas camadas. Partindo da “ponta do iceberg”, o coaching vai revelando algumas dessas camadas para que o coachee possa compreender as estruturas subjacentes que sustentam seus comportamentos e reações diante do dilema que está sendo enfrentado e que obviamente não estão ajudando a solucionar o problema. Logo, cabe ao coach calibrar o foco e o nível de profundidade desse mergulho, para manter a assertividade do processo e não desperdiçar a energia e o tempo do coachee trazendo questões que não estejam a serviço de gerar insights focados na transformação pessoal buscada por ele.
É sabido que nessas camadas vamos encontrar crenças e modelos mentais que precisam ser reavaliados pela pessoa se ela quiser escrever uma nova história para sua vida. Todavia, é muito comum que surjam questões que até o próprio coach não elaborou em si mesmo ainda. Essas são questões que todos temos e por isso, quando decidimos trabalhar com o desenvolvimento de outras pessoas, precisamos buscar constantemente curar nossas dores internas pois isso aumenta nosso repertório e nos torna aptos para lidar com situações e temas cada vez mais variados.
Todo processo de transformação pessoal é uma “via de mão dupla”, em que ambos – cliente e coach – são beneficiados com aprendizados sobre a vida e sobre si mesmos.
Em qualquer dilema, sempre reside a necessidade da pessoa ter coragem de reconhecer sua essência e de se autorizar “simplesmente ser”. Somente depois da pessoa honrar quem ela realmente é, ela estará pronta para definir com clareza quem ela quer se tornar e qual o caminho necessário para chegar lá.