Primeiros passos
Tomei contato com a Teoria U no final de 2007, através da Reos Partners, consultoria especializada em problemas complexos, com diferentes atores envolvidos e processos interligados. Participei de um Laboratório de Mudança facilitada por eles e fiquei fascinada. As possibilidades que a metodologia trazia me deixaram absurdamente encantada. Eu já trabalhava como consultora e coach no EcoSocial e percebia que esta metodologia tinha uma ligação profunda com a Antroposofia, filosofia de conhecimento da natureza do ser humano e do universo, que adotamos em trabalhos junto aos nossos clientes. Da mesma forma, o Pensar, Sentir e Agir estavam presentes e integrados.
Tornei-me, então, uma representante da consultoria para a realização de workshops em empresas privadas. Como atuavam com demandas relacionadas a problemas globais (como a fome na África, a democracia na América Latina, os oceanos sustentáveis, etc.), manter-se imparcial era parte dos acordos com os países e governos que participavam destes laboratórios. Eram experiências chocantes para os participantes e a transformação nestas empresas tornava-se consequência natural da maior consciência do outro e dos impactos que os conflitos geravam nos negócios.
Em razão da demanda ainda pouco expressiva, a Teoria U foi então se afastando do meu foco principal, e fui deixando na prateleira os conceitos e experiências adquiridas. Com licenças poéticas, adaptei minha consultoria a partir de outras teorias e práticas que poderiam trabalhar juntas, e optei por exercer o meu papel de facilitadora através das artes, dos arquétipos e do interesse genuíno no desenvolvimento do ser humano. A Teoria U só retornaria mais tarde ao meu cotidiano profissional: no âmbito do tratamento de conflitos.