Quando recebi, pela primeira vez, uma solicitação para realizar um processo de coaching à distância, confesso que pensei em simplesmente recusar. Levando em consideração toda a atenção exigida do coach a cada sessão, fazendo-se presente o tempo todo, estabelecendo uma relação de confiança e ambiente seguro para o coachee, era difícil acreditar que uma sessão à distância pudesse proporcionar tal conexão. Entretanto, minha suposição precisava de validação. Concluí que eu precisava de uma experiência nessa modalidade de atendimento. Fatos e evidências.
O processo em questão tratava-se de um coaching de carreira. Iniciei o trabalho de forma transparente, esclarecendo que aquela seria minha primeira experiência de atendimento à distância. Não queria que meu coachee sentisse que era uma espécie de “cobaia” no processo, entretanto, achei importante abrir um espaço, dos dois lados, para sinalizações sobre o progresso das sessões, de forma a garantir que as mesmas não sofressem comprometimento em função do modo de atendimento, o que poderia eventualmente culminar com a decisão, de qualquer uma das partes, de interromper o processo.