O QUE É COACHING À DISTÂNCIA?
É a possibilidade de realizar o trabalho de coaching sem que ocorram encontros físicos entre coach e coachee. No Coaching à Distância, as reuniões podem acontecer por telefone ou por qualquer plataforma de vídeo conferência.
É importante destacar que a tecnologia, cada dia mais evoluída, está à disposição para que todos possam utilizá-la, facilitando conexões e diminuindo distâncias. Essa realidade também se aplica ao Coaching.
Contudo, é verdade que no Brasil ainda encontramos muitas pessoas, coaches e clientes, que demonstram algum tipo de preconceito em relação a esse formato de trabalho. Nos Estados Unidos e Europa, o Coaching à Distância já vem sendo praticado há muito tempo.
EXPERIÊNCIAS POSITIVAS, OPORTUNIDADES E CUIDADOS!
A primeira vez que fiz Coaching à Distância foi em 2004, em um projeto considerado ousado para a época. Tratava-se de uma empresa de educação executiva que havia identificado a necessidade de desenvolver todos os seus executivos, desde o CEO até os supervisores – mais de 40 profissionais. Sugeri que o trabalho fosse feito através da combinação de dois tipos de atividade, workshops e coaching executivo individual. O cliente gostou da ideia, porém havia algo que, se não fosse equalizado, poderia tornar o projeto inviável, os custos com viagens. Eles teriam uma despesa alta com o deslocamento da equipe alocada no projeto, pois os profissionais estavam espalhados em várias cidades do Brasil. Entretanto, aquilo que estava quase inviabilizando o projeto, se tornou uma oportunidade incrível. Vou contar essa história...
Durante uma das reuniões de alinhamento do projeto, despretensiosamente, o gerente de IT (da empresa cliente) – sim, ele estava participando das discussões, assim como o gerente de RH, o de compras e o de operações – perguntou: “Existe alguma chance de fazermos os encontros de coaching virtualmente, já pensaram nessa possibilidade?” Minha primeira resposta foi negativa, expliquei que não seria adequado, pois o processo exige que seja criada uma boa conexão entre o coach e o coachee e que a presença física é fundamental para estabelecer proximidade e confiança. Naquela época eu realmente acreditava nisso! Mesmo assim, aquela pergunta não saía da minha mente. No dia seguinte, aqueles pensamentos ainda estavam presentes, então lembrei que havia participado de um debate sobre Efetividade na Comunicação e tinha aprendido que 55% dela depende do não-verbal, 38% do tom da voz (entonação, volume e ritmo) e apenas 7% depende das palavras que são ditas. Assim, minha precipitada conclusão foi: “É impossível ter sucesso fazendo coaching não presencial, afinal é um processo de desenvolvimento que usa a comunicação como meio”. Eu estava convencida disso até que uma psicóloga, colega da equipe, chegou contando que tinha participado de um seminário, onde haviam debatido sobre a efetividade das sessões feitas por telefone, uma prática comum na Europa e nos Estados Unidos. Ela disse que alguns psicoterapeutas, quando necessário, faziam sessões por telefone e que as pesquisas haviam comprovado que os clientes eram capazes de se entregar ao processo tanto quanto se entregavam quando elas eram presenciais. Fiquei intrigada com aquilo, como era possível? Refleti bastante, ponderei variáveis, me questionei e lembrei que especialmente em psicanálise, o cliente fica de costas para o psicoterapeuta... claro, era isso, psicoterapia e não coaching! Parecia ter sido um alívio, já tinha a resposta que precisava, ou seja, não dava para fazer coaching à distância.