Minha jornada como coach formal começou há aproximadamente cinco anos. Ela foi motivada pela busca de uma formação sólida, que me possibilitasse o desenvolvimento de competências para complementar os conhecimentos adquiridos ao longo das carreiras profissionais como executivo do mercado financeiro e como professor universitário. O que compartilho a seguir são algumas das reflexões e descobertas feitas nessa jornada – desafiadora e prazerosa, empreendida em um universo fascinante de pessoas empenhadas em seus processos de transformação.
A visão do coaching que tenho é a de um recurso voltado para ajudar o cliente no seu processo de aprendizado. E aprender é algo que somente pode ser feito pelo próprio indivíduo: como Coach, eu busco assegurar que o relacionamento de Coaching possa contribuir para que o cliente tenha um aprendizado que resulte na transformação que ele busca.
Como professor em cursos de graduação e de pós-graduação, percebo muitas semelhanças entre os processos de aprendizado dos clientes no Coaching e o processo de aprendizado de adultos, com a presença dos princípios básicos da Andragogia, como apresentados por Knowles, conforme abordado a seguir.
Necessidade de saber
Antes de começar a aprender algo, os adultos precisam saber o motivo pelo qual precisam desenvolver um esforço de aprendizado. O Coach, assim como o facilitador na aprendizagem de adultos, atua como um instrumento que ajuda o cliente a tomar consciência da necessidade de aprender.
No Coaching, utilizamos diversos recursos para que o cliente tome consciência do que deseja, do ponto em que está e do gap entre o estágio atual e a situação desejada. Uma das competências básicas para o Coaching, definidas pela ICF, é “criar conscientização”, cabendo ao Coach a “habilidade de integrar e avaliar corretamente as múltiplas fontes de informação e de fazer interpretações que ajudem o cliente a se conscientizar e, assim chegar aos resultados acordados”.