“Um relacionamento de coaching bem-sucedido é sempre uma história de transformação...”
Robert Hargrove
Minha expectativa neste artigo é poder conversar sobre questões que podem colaborar para a sustentabilidade do processo de coaching. Focar na possibilidade da criação do vínculo no processo e o estabelecimento de uma aliança sustentada pelo respeito e confiança.
Quando um novo processo inicia, variadas são as necessidades e expectativas. Estamos, neste momento, inseridos em uma intensa complexidade que diz respeito à vida do coachee.
Clarear objetivos não é algo fácil, uma vez que tudo parece importante e necessário ser trabalhado. Mas como lidar com as expectativas de cada novo começo para o coach e para o coachee?
Conseguir estar presente “no aqui e agora”, criando uma conexão que se estabelece de ambas as partes, torna possível a caminhada em busca dos objetivos do coachee. Propiciar um ambiente protegido e seguro, onde este possa partilhar suas ansiedades, frustrações, aspirações é uma das formas de colaborar com o processo de vinculação. Para pensar sobre esse momento do processo, recorro a Winnicott, e em suas considerações teóricas sobre criar um estado afetivo especial e consistente que possibilite um “ambiente suficientemente bom”, que colabore com o crescimento e desenvolvimento do cliente. Para o autor, há, em todo ser humano, uma tendência à integração, ao amadurecimento e este só não se efetivará caso não encontre, no ambiente, condições favoráveis para tal.
Acredito que o estabelecimento do que Winnicott chamou de holding (sustentar, envolver) é fundamental para que sentimentos e percepções do coachee possam emergir e, através da nossa intervenção, proporcionar ao cliente novas experimentações e possibilidades.