NEUROTUDO sim! Porque sem neurologia não existe NADA!
Este dossiê vem em um momento preci(o)so, na minha opinião. E, para mim, receber o convite para coordenar esta edição com foco em Neurociências aplicadas ao Coaching foi como se o Natal tivesse chegado em maio, por assim dizer, um presente.
Estamos vivendo mais um momento histórico que juramos que não merecemos. Bem, eu não tenho nenhuma intenção de argumentar sobre isso. “Tô” no time dos que preferem usar tempo, recursos e inteligência pra fazer acontecer aquilo que pode melhorar a situação. A minha e a de todos!
Minha base, há mais de 30 anos, para fazer isso, tem sido a Neurociência, mesmo quando ela ainda nem era famosa. Sabe por quê? Porque enquanto o objeto foco de estudo e interesse da Psicologia é o indivíduo (do latim indivisível; aquele que não se divide; único), o objeto foco de estudo da Neuropsicologia é o Humano, ou seja, não o que nos diferencia, mas o que nos torna iguais, enquanto espécie: Um cérebro/Sistema nervoso e suas características.
Veja bem, nossa individualidade é fundamental! Trabalhar a gestão da singularidade é a única forma de ser justo e equitativo nas relações. Acontece que existem atalhos para problemas quando conseguimos sensibilizar ou, melhor ainda, tocar a consciência de todas as pessoas que estão, de alguma forma, a serviço dos resultados esperados.
Para conseguir “acessar” não algumas, mas todas as pessoas, só mesmo via neurologia.
Outro ponto importante é que toda transição requer um "X" de mudança. O mercado mudou e ainda está mudando, logo, eu preciso mudar e continuar mudando. O que está ótimo, já que nunca somos mesmo a mesma pessoa. A questão não é mudar ou não, a questão é mudar como e para quê.
O artigo de Huáras Duarte, além de abordar algumas questões sobre mudança, vai nos contar algumas coisas interessantes e úteis sobre neurociências e motivação para mudar.
Aliás, talvez a Neurociência seja, de todas as Ciências Biológicas, a que melhor prova o que disse Peter Ducker quando afirmou que nós, seres humanos, não resistimos à mudança; resistimos a sermos mudados. O que é bem diferente! Por favor, entenda que não resistir à mudança não é o mesmo que mudar facilmente, como explicará a Adriana Fellipelli.
Neurologicamente falando, cada minúscula alteração ou variação de temperatura, luz, postura corporal (e o artigo do Gustavo Carvalho vai abordar exatamente isso), equivale à uma mudança (alteração) em nós de formas que você nem imagina (ainda)! Mudamos o tempo todo! Enquanto as mudanças não afetarem nossa identidade, nem sequer as perceberemos, que dirá resistir a elas.
Quando uma mudança, de alguma forma, for interpretada por mim como ameaça, minha capacidade de responder de forma assertiva e efetiva estará seriamente comprometida. O líder coach precisa entender isso e o artigo do Marco Fabossi trará luz sobre vários aspectos relacionados a essa questão.
Finalmente, no artigo da Adriana Fellipelli, outro ponto de vista e outros aspectos sobre mudança, a mudança de hábitos. Sempre tão desejada e ainda assim, um enorme desafio.
E eu? Bem, eu vou mesmo só brincar de fazer cócegas no seu raciocínio. Pra variar. Pelo menos, eu vou tentar.
Artigo publicado em 31/10/2017