Nada acontece se o coachee não quiser, pois ele é o protagonista de sua história!
“Ninguém salva ninguém de si mesmo.”
Eloir Ambos da Silva / Coach Executiva
A não-diretividade é um jeito de trabalhar do coach que visa empoderar o coachee e fortalecer sua capacidade de aprender a construir soluções com autonomia. Segundo Rosa Krausz (2007), “o coach jamais determina ou impõe uma linha de ação ou solução específica”. Com base nessa afirmativa, podemos dizer que o processo como um todo não é diretivo. É, antes de tudo, um diálogo ativo e participativo, no qual se busca construir uma relação de parceria por meio de um contato nivelado e igualitário, de aprendizado contínuo.
Trata-se, portanto, de uma relação de aprendizagem e, sobretudo, de troca, na qual o coachee aprende a se desenvolver com as transformações e os resultados obtidos no processo. Por sua vez, o coach aprende a lidar melhor com seus limites e sua impotência, especialmente ao constatar, na prática, que o desejo de mudança é do coachee e que o ritmo da conscientização, reflexão e ação também é dele. O coach aprende, então, que o coachee é dono do seu processo e, por meio dessa compreensão, vai produzindo na relação uma transformação sutil de ambos.
A psicóloga e também coach Dianne Stober (2006) assegura que o coaching atual tem muitas influências da psicologia humanista de Carl Rogers. Em seu artigo “Coaching da perspectiva humanista”, afirma que o “papel do coach é de facilitador e não de perito ou guia mais experiente”. De acordo com a psicóloga, o coach precisa ser o especialista do processo e tem o compromisso de acompanhar a evolução do cliente, reconhecendo que o coachee é o especialista no conteúdo de sua própria experiência.
O coach não dá respostas, apenas precisa estar ao lado do coachee nos momentos difíceis, estimulando-o a avançar. Contudo, para Dianne, “se o coachee precisar de qualquer informação, esta será fornecida, mas somente com o objetivo de estar a serviço do potencial único do cliente. No processo, as informações serão utilizadas para fortalecer ou mesmo reforçar o que já era do conhecimento do coachee”.