Que diferencial o coach ontológico agrega à prática do coaching de equipes? O que o coach ontológico deve buscar explorar e considerar na condução do coaching de equipes? Estas são as perguntas que pretendo refletir durante este artigo com o intuito de estimular novas perguntas e, quem sabe, gerar novos olhares e aprendizados.
Durante o texto irei destacar o que acredito serem diferenciais da prática ontológica para que possam identificar e agregar, se quiserem, à sua prática como coach de equipes.
Antes de iniciarmos estas reflexões, considero importante tirarmos o pó de alguns conceitos e alinharmos ao que me refiro quando utilizo a palavra “equipe” e “coaching de equipe”.
Utilizaremos o conceito de equipe de John Katzenbach (2002):
“Equipe é um número pequeno de pessoas, com habilidades complementares, comprometidas com objetivos, metas e abordagens de trabalho comuns, pelos quais se consideram mutuamente responsáveis”.
O coaching de equipes é um processo estruturado de trabalho com a equipe, que tem como objetivos, de acordo com Hawkins (2013):
- Desencadear o potencial de uma equipe;
- Acompanhar a aprendizagem da equipe e ajudar sua reflexão estratégica;
- Colaborar para que a equipe use de forma coordenada e apropriada os recursos coletivos na realização do trabalho;
- Acompanhar o rendimento de uma equipe, de forma lógica e mensurável, para que possa render mais do que a soma das suas partes;
- Aclarar sua missão e ajudar nas relações internas e externas;
- Colaborar para que a equipe se conecte de forma mais efetiva com todos os grupos de interesse.
O que irá diferenciar a forma como o coach trabalha com a equipe para que atinjam os objetivos citados acima é, na minha visão, a percepção, a forma de enxergar e compreender o indivíduo, suas relações e a sua capacidade de sustentar conversações necessárias para a coordenação de ações. (E aqui entre nós, o autoconhecimento do coach é essencial, mas isto é outro assunto!)