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Edição #40 - Setembro 2016

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Sem respostas certas se constroem realidades novas

Um olhar para o Coaching Ontológico e a Biologia-Cultural

O Coaching Ontológico

João é um homem de 50 anos, que acaba de ser demitido e está procurando um processo de Coaching. Ele escolhe um coach ontológico para orientação de carreira. Sente-se indig­nado, com vergonha, culpando a crise e a idade pela sua situação.

O Coaching Ontológico tem seu principal fundamento na Filosofia da Linguagem. Ocupa­-se dos domínios relacionais na vida pessoal e profissional. Compromete-se com a busca pelo bem-estar, a plenitude, a dignidade e a integridade, em todos os domínios do viver.

Desdobra-se em práticas bem concretas, tais como a competência para a auto-observação, a capacidade reflexiva, a impeca­bilidade com os compromissos, a inclusão dos domínios emocio­nal e corporal nos processos de aprendizagem e o reconhecimen­to dos discursos históricos nos quais estamos inseridos.

Como no caso do João, todos já vivenciamos conquistas, perdas e frustrações. Aprendemos a dar so­luções e respostas que funciona­ram no passado. Nada, porém, nos garante que o que aprendemos no passado nos garantirá a efetivida­de e o bem-estar que queremos no presente e no futuro.

O coach está comprometido com o desenho da oferta do João para o mercado. Caso ele não mergu­lhe num processo reflexivo, que lhe traga entendimento da ori­gem e das restrições do seu modo de viver atual, e desenhe o estado emocional e as ações com as quais quer viver o presente e se proje­tar no futuro, o risco de fazer mais do mesmo é muito alto.

João tem vergonha de pedir aju­da, se sente impotente e com poucas oportunidades de empre­go por conta da idade. Enquanto a percepção do João não for além dos acontecimentos corriqueiros e seu entendimento não for am­pliado, suas ações e soluções per­manecerão meras reações.

Frente aos acontecimentos da vida, todos geramos um mundo explicativo, um mundo emocio­nal e uma disposição corporal que desvendam a descrição de mundo que recebemos e que terminam por constituir o modo de viver que realizamos. O João aprendeu que as organizações são desumanas e que envelhecer é uma desvantagem. Além disso, ainda exige de si mesmo dar uma resposta efetiva e imediata.

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