“Se há algum grande segredo para o sucesso na vida, este consiste na habilidade de se pôr no lugar da outra pessoa e ver as coisas sob a perspectiva dela”.
Henry Ford
O relógio marcava dez horas da manhã, em uma segunda-feira de uma semana que prometia ser muito movimentada. O executivo X estava em sua sala e, na mesa diante de si havia uma pilha de papéis que ele precisava analisar e despachar antes do meio dia. No visor do telefone piscava o chamado de sua assistente, provavelmente para confirmar sua saída para a reunião inadiável com os acionistas. Porém, o que mais ocupava sua cabeça era a decisão que ele vinha adiando há dias, sobre o futuro da empresa. Ele precisava tomar uma decisão, mas não tinha clareza de todas as implicações envolvidas na situação. E também não imaginava por onde poderia começar. Sentia-se só e gostaria, nesse momento, de ter alguém para compartilhar suas dúvidas e anseios, mas, devido às questões sigilosas que envolviam o contexto, não via perspectiva de poder dividir isso com outra pessoa, além de si mesmo.
Solidão: Estado de quem está só; isolamento; interiorização. Essas são algumas das definições para a palavra solidão no dicionário e que representam a condição básica para quem exerce a função de executivo.
O cenário descrito pode dizer respeito a muitos executivos antes de iniciarem o processo de coaching. Estudos, e a própria experiência empírica, mostram que a solidão relatada pelos executivos é algo presente em muitas organizações.
Segundo Rosa Krausz (2007), o mundo empresarial não tem sido muito propício às conversas amistosas, em decorrência de alguns fatores como a competição acirrada, o estresse, a busca cada vez mais agressiva por resultados, a insegurança, a instabilidade socioeconômica e a política mundial. Tais fatores estimulam a defensividade das pessoas, impedindo-as de estabelecerem relacionamentos abertos e transparentes.