Minha primeira reação ao receber o convite para escrever este artigo foi de imensa satisfação. Que bom ter a oportunidade de compartilhar meus pensamentos e pontos de vista a respeito de algo que, como Mentor Coach, percebo ser polêmico e, muitas vezes, mal compreendido por muitos dos coaches que me procuram para trabalhos de mentoria.
A minha resposta a esta pergunta é simples, ao mesmo tempo que reconheço a complexidade nela embutida. Ferramentas de Coaching são usadas sempre, o tempo todo. A questão é que, muitas vezes, algumas delas são usadas indevidamente e outras são desprezadas, seja de forma consciente ou inconsciente.
Deixe-me, caro leitor, fazer uma distinção, que creio ser fundamental, entre tipos ou naturezas de ferramentas de Coaching a que me refiro.
Em primeiro lugar, sendo de longe, muito longe, as mais poderosas ferramentas que um Coach pode e deve utilizar sempre, estão aquelas de natureza interior (inner).
- A primeira dessas ferramentas é a Intuição.
Intuição faz parte da nossa inteligência, é algo real e verdadeiro, ainda que, em geral, é visto como um mistério da nossa inteligência. Pode parecer que não temos muito controle sobre nossa própria intuição, mas isso é algo que pode ser desenvolvido. Prestar atenção a como percebermos o que se passa ao nosso redor, além da nossa forma intelectualizada de tomar conhecimento de alguma coisa, nos mostra que intuição é algo real e verdadeiro. É a parte sensorial da nossa inteligência, que captura informações através do nosso corpo por inteiro. Intuição é uma maneira de saber, de tomar conhecimento, complementar ao nosso intelecto e tão poderoso quanto este. O que acontece é que, em geral, prestamos muita atenção ao nosso intelecto e pouca ou nenhuma atenção à nossa intuição.
Nem sempre nossa intuição está correta, o que não significa que ela não funciona. Nosso intelecto nem sempre está correto, mas sabemos que ele funciona. Nós somos inteligentes, nossa inteligência sensorial é inteligente, mas não é 100% correta.
O que tem isso a ver com Coaching?