O convite generoso para falar sobre como comecei nesta atividade me trouxe uma deliciosa sensação de voltar no tempo e reviver este processo de escolha.
Desde há muito tempo tenho consciência da minha vocação para o trabalho com pessoas, desde bem cedo mesmo, ainda criança. Primeiramente na área de educação onde, por 18 anos, exerci o papel de professora concursada e depois, já aos 36 anos optando por uma transição de carreira, um pedido de exoneração do serviço público e a inserção no universo da consultoria em treinamento e desenvolvimento, passando pela facilitação e coordenação de grupos de desenvolvimento e mais recentemente pelo Coaching.
Mudar de carreira já não era um problema para mim, que inquieta, já havia feito isto outra vez. A questão aqui era um verdadeiro “chamado” para atendimentos individuais, para uma forma de ser e estar com o outro em que eu pudesse verdadeiramente apoiar alguém na sua viagem. A origem disto era uma excepcional experiência própria. Eu mesma já havia passado, e só reconheço agora, por momentos de Coaching, que não receberam este nome na época, mas que foram momentos verdadeiramente significativos. Por honrar estas parcerias que encontrei e sigo encontrando em minha vida e por reconhecer nelas um incrível potencial transformador, eu mantive por anos um desejo forte de fazer o mesmo. De alguma forma era isto o que eu tentava encontrar na carreira de consultora e facilitadora de grupos, mas de fato, faltava o que eu mais apreciava que era mais profundidade e continuidade.