“Nada acontece sem transformação pessoal.”
W. Edwards Deming
Virgínia Satir, educadora, terapeuta e poetisa, escreveu um poema sobre um encontro humano e o que ele causa na vida de cada pessoa. Seu nome é “Fazer Contato”:
“Quero amá-lo sem me apossar de você; apreciá-lo sem julgar; aproximar-me de você sem invadi-lo, convidá-lo sem exigir; não deixar que se sinta culpado; criticá-lo sem censura e ajudá-lo sem insultar. Se puder receber o mesmo de você, nós dois podemos nos encontrar e nos enriquecer mutuamente”.
Coaching Executivo, na relação coach-coachee. Quando o encontro acontece entre os dois profissionais e proporciona esse tipo de contato, baseado na parceria, respeito e cumplicidade, a qualidade dessa relação traz, automaticamente, a conexão que leva ao empoderamento do coachee, de seus reais recursos e potenciais.
Sobre a relevância da relação coach-coachee, para a eficácia dos resultados pretendidos pelo coachee, é que discorremos a partir de agora.
Como afirma Brand e Coetzee (2013): "Hoje há um número de fatores nas organizações que levam a uma crescente demanda de coaching como uma intervenção". Entre esses fatores, destacamos:
1) A constante mudança do mundo corporativo, que se tornou globalizado, gerando fortemente o aumento da competitividade, grande pressão por resultados e, principalmente, falta de respostas padronizadas. Nas empresas multinacionais, as fusões e separações passaram a ser uma realidade mais frequente, e as metodologias existentes em suas sedes precisaram ser adaptadas ou reestruturadas para se tornarem viáveis e produtivas nas diversas sucursais dessas organizações.
2) A crescente necessidade de elevar/diversificar a capacidade dos executivos de se ajustarem às condições mutantes do cenário empresarial globalizado.
3) A necessidade dos executivos adquirirem e desenvolverem competências e habilidades para fazerem a gestão de equipes. Além de multiprofissionais, precisaram passar a ser multiculturais devido às mudanças de cenários pouco estruturados em mercados competitivos.
4) A crescente responsabilidade dos executivos pela gestão da própria carreira, uma vez que passaram a apresentar um baixo desempenho em relação ao exigido por padrões internacionais, o que, consequentemente, acabou por acarretar efeitos financeiros negativos, com perdas e prejuízos para as organizações.
5) As empresas, perante todo esse cenário bem diferente e diversificado, em comparação à estabilidade de outrora – antes da década de 1980 –, precisaram considerar a importância de fatores como: competência relacional; perfil de liderança, que passou a ser agregadora; cultura e clima organizacional. Os profissionais foram obrigados, então, a desenvolver competências específicas para gerir tudo isso.