Ao longo desta série de artigos, busquei estruturar os temas que provocassem reflexões mais profundas sobre a forma de pensar, sentir, e ainda demonstrar os comportamentos que levam a maioria das pessoas a ter uma relação inadequada com o dinheiro, consequentemente uma vida financeira sem equilíbrio e de poucos resultados.
Imagine que as práticas de subsistência do homem foram se transformando através dos séculos, do escambo à invenção do dinheiro e todas as coisas passaram aos poucos a custar algum valor predeterminado. Recursos naturais, que antes não tinham dono, passaram a ter, e hoje a realidade é que até a água que bebemos custa algum dinheiro, então, você pode estar preocupado com as questões de sobrevivência para atender as necessidades básicas? Vive de alguma forma com medo de perder a segurança que conquistou? Angustiado com as pressões sociais para ter o carro do ano, a casa num local sofisticado, e o seu estilo de vida está alinhado com suas expectativas? Partindo dos pressupostos acima e da minha experiência de lidar com pessoas que passam por desafios para mudar os hábitos da relação com o dinheiro, vamos conversar sobre os tabus que foram instalados no inconsciente coletivo da população?
Você sabia?
Que há uma pesquisa que mostra que 80% dos brasileiros não dão a mínima para educação financeira; em outra pesquisa recente do banco Wells Fargo, nos EUA, descobriu-se que para a maioria dos americanos (44%), o dinheiro é o tema que propõe a conversa mais difícil na família, ou seja, um tabu maior que a morte (38%), a política (35%) e a religião (32%). Simplesmente perceba nos encontros familiares, nos papos com amigos, estamos dispostos a falar de quase tudo, menos de dinheiro, talvez entre uma brincadeira e outra, falamos dos ricaços que gastam seu dinheiro com bobeiras, ou ainda raramente pensamos. "Ah, se eu ganhasse na megasena!"