“Qualquer mudança real e duradoura só terá condições de se concretizar se espalhar luz pela profunda estrutura subjacente da superfície do fenômeno.”
Manfred F.R. Kets de Vries (2007)
Como psicóloga e coach executivo, o tema da mudança comportamental sempre me inquietou. Porque mudamos? Existe mudança sem reflexão? Qual a contribuição que as teorias psicológicas podem trazer ao Coaching Executivo?
Para tanto, inicialmente gostaria de trazer algumas definições de Coaching.
“Coaching é um relacionamento de ajuda construído na base da confiança e que se utiliza de um processo de descoberta objetivando auxiliar o coachee a descobrir seu foco, identificar ações a serem tomadas e assumir responsabilidades sobre seus resultados. É uma conversa (entre coach e coachee ou equipe) orientada à ação e focada em resultados. - Executive Coaching Forum
"Coaching é uma parceria entre um coach executivo e um gestor que se propõe elevar sua performance profissional, a da sua equipe e da organização para a qual trabalha. O processo de Coaching estimula a capacidade das pessoas de se reinventarem e encontrarem alternativas válidas, apesar das restrições do contexto em que atuam”. - Rosa Krausz, 2007
Como se pode observar, não existe uma unicidade nas definições. Na busca de identificar elementos comuns, Hamilin, Ellinger & Beattie (2009) conduziram um estudo (meta análise) com 36 definições de Coaching existentes na literatura acadêmica. O resultado deste levantamento concluiu que “Coaching é um processo de ajuda e facilitação que possibilita ao indivíduo, grupos/times e organizações adquirirem novas habilidades e/ou aprimorar habilidades, competências e performance existentes. É um processo que primeiramente (mas, não exclusivamente) acontece em uma relação de ajuda e facilitação entre o Coach e o Executivo (ou gestor) e que capacita o Executivo (ou gestor) a atingir objetivos pessoais-profissionais-organizacionais para melhorar a performance organizacional.”