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Edição #26 - Julho 2015

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Maquiavel. Será que você pode aceitá-lo? - Parte 3

Os fins justificam os meios Ol caro a amigo a leitor a Che gamos ao final da saga maquia veliana A partir de hoje espero que este conhecimento possa abalizar ainda mais suas a es como amante da complexidade da natureza humana Vamos fi nalizar suas ideias Maquiavel nunca afirmou que o Pr ncipe deva se esfor ar para ser somente temido como al guns interpretaram erronea mente ao ler sua obra O talento do Pr ncipe est justamente em identificar na Fortuna os mo mentos em que deve ser amado e em que deve ser temido Caso falhe nesta identifica o poder colocar seu poder em risco pois o desprezo e o dio que o Pr nci pe pode ser v tima nasce de um desequil brio desta equa o ou seja quando o soberano quer ser amado em demasia ou quan do patrocina o temor de maneira irrefletida Para Maquiavel um erro infantil satisfazer a todos constantemente indicativo de falta de Virt pois os desejos humanos s o ilimitados e os re cursos do tesouro do monarca s o finitos Pense bem caro a amigo a leitor a quanto mais voc satisfaz um desejo mais ali menta a expectativa de satisfa o dos desejos vindouros Sen do assim haver uma ocasi o em que n o haver recursos para sa tisfazer os desejos do povo dos filhos dos colaboradores da em presa etc Neste momento nasce o desprezo e o dio ao monarca aos pais ao chefe Correla es com a vida vivida V rias Pense em um filho mimado Quanto mais os pais querem ser amados pelos filhos mais lhe concedem presentes bons tratos e mimos e paradoxalmente mais riscos correm de serem desprezados no momento em que n o con seguirem satisfazer as futuras expectativas do pirralho marren to Na empresa a hist ria n o diferente O l der amado correr o risco de ser odiado quando em um momento de vacas magras o corte de alguns benef cios outro ra concedidos aos colaboradores seja a a o necess ria com vistas a impedir a fal ncia da organiza o Maquiavel chamaria a todos de bananas os pais do pirralho e o l der bondoso Asseverando que por n o compreenderem a natureza humana furtaram-se de um uso pontual e adequado de certa dose de viol ncia para se fazerem minimamente respeitados Em contrapartida Maquiavel afirma que quando Pr ncipes tentam governar ininterruptamente com m o de ferro incutindo medo constante em seus s ditos simplesmente estar o patro cinando o dio em seu reino e ter o in meros desafios com as constantes revoltas e rebeli es que ser o sofridas em seu reino O exemplo adequa-se aos pais excessivamente rigorosos ou aos chefes que lideram por interm dio da constante imposi o do temor Como dito anteriormente ao soberano ne cess rio prud ncia que nada mais do que a sensibilidade para perceber se esta exagerando no amor ou abusando do temor reverencial N o se encontra na obra de Maquiavel a afirma o de que o Pr ncipe deva sempre ser temido Todavia Maquiavel afirma que em caso de d vida deve se escolher o temor ao amor pois mais f cil impor o medo do que impor a afei o Pense bem dif cil satisfazer a todos pois os desejos se manifestam em todos n s por meio de diferentes quereres Um quer futebol o outro quer escola Um quer samba o outro quer rock Um quer praia o ou tro quer montanha Um quer comida o outro quer arte J a dor sempre se manifesta da mesma maneira Dor dor para todos e independe de gostos individuais A dor o afeto mais demo cr tico que existe Entristece os gregos e os troianos prolet rios e burgueses palmeirenses e corintianos coaches e psicoterapeutas Maquiavel afirma que os bons Pr ncipes sabiam mandar os outros fazerem as coisas ruins para que pudessem depois fazer as coisas boas Sabiam arquitetar cis es de poder em seus inimigos com vistas a fragiliz -los e depois destru -los Sabiam colocar auxiliares em seus postos de governo para que fizessem coisas ruins para...
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