“As pessoas não compram o que você faz, elas compram porque você faz”.
Simon Sinek
No início de junho, participei de um encontro sobre qualidade de vida no trabalho e tive acesso a informações, minimamente, incômodas. O tema – saúde mental no trabalho – teve como pano de fundo o caso do piloto Andreas Lubitz, acusado de derrubar deliberadamente o avião que pilotava, no trágico acidente em março passado, na França. Esse caso reacendeu as preocupações da sociedade e das empresas sobre o tema, reforçando estudos que demonstram que transtornos mentais geram influências consideráveis na produtividade, na saúde e no bem estar das pessoas, representando significativos impactos econômicos e sociais para empresas e governos. Entre as informações compartilhadas no encontro, duas afirmações me chamaram atenção.
(1) De que uma em cada quatro pessoas sofrem de algum transtorno de saúde mental, de ansiedade até depressão grave, e (2) só 27% das pessoas são realmente engajadas com seu trabalho. Isso significa que praticamente ¾ das pessoas estão literalmente com o saco cheio de suas atividades profissionais e quando permanecem no trabalho, sofrem.
Apesar do aspecto patológico da depressão, tenho uma crença de que sua ocorrência pode estar relacionada com a falta de conexão franca com um propósito de vida, ao fato da pessoa não ver sentido na experiência que se vive. E quando tive contato com as reflexões de Simon Sinek, palestrante do TED e autor do livro “Por quê: como motivar pessoas e equipes a agir”, essa crença se fortaleceu. Sinek sugere uma ideia simples, que ele chama de “Círculo Dourado”, para ilustrar como as pessoas, os líderes e as organizações agem e se comunicam e o que as tornam mais inspiradoras.