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Edição #24 - Maio 2015

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O desapego necessário para a mudança essencial

“Sou apego pelo que vale a pena e desapego pelo que não quer valer”.
Clarice Lispector 

Em continuação ao tema do ar­tigo anterior, onde abordei o desapego sobre os resultados como o segredo para se che­gar a eles, neste artigo quero refletir sobre outro tipo de de­sapego – aquele relacionado à nossa maneira habitual de agir e de pensar. Todos nós temos uma natureza particular, uma visão de mundo individual de­terminada por nossos modelos mentais. Agimos e pensamos de acordo com nossas crenças e valores e para cada um de nós, nossa maneira habitual de agir e pensar é o certo. Mas, em de­terminadas situações, nossos modelos mentais não são sufi­cientes ou adequados para dar conta das respostas que preci­samos dar às situações específi­cas da vida. Quando as pessoas se tornam rígidas ou se dizem insatisfeitas com a carreira, com a empresa, com relaciona­mentos afetivos, o que as impe­de de mudar? Talvez o medo, a esperança de que as coisas (ou as pessoas) possam melhorar; insegurança com relação às próprias competências, incer­tezas sobre o futuro ou como­dismo. Particularmente penso que, muitas vezes, essas justi­ficativas estejam relacionadas com algo ainda mais profun­do e que raramente paramos para refletir. O quanto estamos apegados a padrões habituais de pensar e agir? O quanto es­tamos apegados a situações e pessoas, mesmo aquelas que nos geram desconforto e so­frimento? Aqui está, em minha opinião, a verdadeira causa da dificuldade que temos em pro­mover mudanças – o apego.

Muitas vezes somos apegados a crenças e pensamentos, mes­mo aos pensamentos negativos e disfuncionais. Quantas vezes você já se pegou incomodado por causa de um pensamento sem querer tê-lo? Parece que ele tem vontade própria e insiste em permanecer na mente. De fato, tudo é desenvolvido na mente e o que importa é ter a noção de que você não é o seu pensamento. Seja capaz de não se identificar com os “pensamentos intrusos” que te incomodam e não se deixar per­turbar, principalmente com os pensamentos que não estão de acordo com os seus valores e propósitos de vida. Não se trata de ignorar os pensamentos, até porque eles têm a função de nos fazer conectar com determina­dos sentimentos, interesses e preocupações, mas aprender a observá-los, sem julgamento ou ação. O que pode contribuir para esse processo é desenvol­ver a habilidade de descrever para si mesmo, o que sente e quais pensamentos estão pre­sentes na sua mente. Com essa prática você irá perceber que, ao mesmo tempo em que você observa os seus pensamentos e os sentimentos, alguém ob­serva sua experiência e esse alguém é você mesmo. Se você observa os seus pensamentos e sentimentos, com desapego, deixa de se identificar com eles, desenvolvendo autocontrole e uma sensação de liberdade in­terna. Você é quem decide se o que passa pela mente serve ou não serve.

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