Caro leitor,
nesta edição trazemos um tema muito empolgante e que também causa muita confusão e polêmica.
Quais as fronteiras entre o Coaching e o Mentoring?
Fomos buscar nomes significativos e muito respeitados desta área para trazer mais luz à questão. Marcos Wunderlich, habitual frequentador de nossas páginas, Renato Klein, Paulo Erlich e Rosa Bernhoeft.
Já adianto que não irá encontrar nas próximas páginas uma unanimidade conceitual. Que bom, expandimos nosso olhar e, dependendo do ângulo que se olha, o objeto se modifica.
Você lerá que Mentoria ou Mentoring deriva do nome de um fiel amigo de Ulisses, Mentor, a quem Ulisses confia a educação de seu filho Telêmaco enquanto vai para a guerra de Tróia.
Pela leitura dos textos até poderá dizer que muitos dos pontos fundamentais elencados por alguns autores como características do Mentoring sejam os mesmos do Coaching. Uns, argumentam que a diferença está no foco da abordagem, mais tecnicista no coaching e mais humana no mentoring. Outros abordarão a transferência de experiências como o diferencial do mentoring. Será que a grande abertura que o Mentoring proporciona é a legitimidade de você dar seus “pitacos” com propriedade e autoridade de mestre?
Vemos que na vida é de fundamental importância a transmissão de experiências e conhecimentos. Ao mesmo tempo, também é fundamental capacitar as pessoas para que possam conquistar autonomia e que encontrem soluções para seus problemas. O repasse de cabedal e o caminho das pedras que o Mentoring proporciona encurta caminhos, dá mais segurança e cria profundas conexões entre mentor e mentorado. A não diretividade do Coaching trabalha o aprendizado da reflexão, o olhar interior, a expansão de fronteiras e a conquista da autonomia.
Enfim, vale a análise e a reflexão. Entretanto, quanto mais estivermos conectados com o objetivo de apoiar pessoas no seu crescimento, menos nos deteremos na nomenclatura e muito menos iremos nos desgastar na defesa de territórios e metodologias.
Buscar sempre formas de crescer e aprimorar. “Chicletar” no método jamais.
Tenha uma excelente leitura,
Luciano Lannes
Editor
Artigo publicado em 30/06/2017