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Edição #23 - Abril 2015

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Como comecei - ed 23

Como analista de sistemas que sou, nunca tive contato com qualquer assunto relacionado ao humano. Para não dizer nun­ca, tive sim, Filosofia na gradu­ação: aula uma vez por semana, no último horário das sextas­-feiras, ao final de uma semana em meio a Lógica de Programa­ção, Estruturas de Dados e Lin­guagens de Programação. Dá para ter uma noção do quanto foi possível absorver do assun­to naqueles dias, não? Querido professor de Filosofia, você foi um guerreiro! Terminada a gra­duação, caí no mercado e atuei durante muitos anos na área de Tecnologia da Informação, sempre em atividades muito técnicas, que pouco ou nada exigiam em termos de habilida­des mais humanas. Ao começar, no entanto, a gerir equipes e atuar como analista de negó­cios, descobri outra dimensão do meu trabalho, mil vezes mais complexa do que os códigos e aplicações com os quais tinha trabalhado até ali. Complexa e fascinante! Eu descobri gente! E me descobri também! Surpre­endentemente descobri que gostava de lidar com pessoas e suas necessidades, e que tinha um certo jeito para a coisa. Por conta disso, comecei a dar aulas de Informática. Aulas de todos os tipos, para todos os públicos, com as mais diversas expec­tativas e necessidades: aulas para graduação, para a terceira idade, preparatórios para con­cursos, cursos profissionalizan­tes, etc. Fui descobrindo que conseguia aliar o pensamento analítico com as questões hu­manas. Simplificava o compli­cado, me colocava no lugar dos alunos, considerava suas dificuldades e necessidades e até as histórias de vida que os haviam levado até a minha sala de aula. Conversava, motivava, ajudava a montar planos de ação, a descobrir o porquê das dificuldades, dos medos e as pedras nos sapatos. Eu “meio” que fazia Coaching e não sabia! A vontade de me desenvolver nesse novo mundo me levou a buscar um MBA em Gerencia­mento de Projetos. Ainda que continuasse estudando tecni­cidades, me encantei com Ne­gociação, Liderança, Dinâmicas de Grupos, Mentoring e com o Coaching. Saí da área de TI, fui trabalhar com Gestão de Proje­tos na indústria de base e conti­nuava me surpreendendo, cada vez que constatava que em qualquer empreendimento, de qualquer escala e natureza, a parte humana é a mais comple­xa e imprevisível. A cada curso, a cada treinamento, aumentava a curiosidade e a vontade de entrar na área, mas achava que não conseguiria, porque não havia tido formação de base em humanas, porque não havia lido os mesmos livros, porque faltava a vivência...eram muitos os porquês. Apenas em 2010, tendo mudado totalmente de área de atuação e de cidade, re­solvi buscar uma formação em Coaching e nessa primeira tive a certeza de que queria fazer aquilo. Apesar de vislumbrar muitos desafios, me encontrei! Vi que o processo de Coaching era rico em aprendizado e ex­pansão para o coachee, e que não havia como eu sair daquele encontro de parceria sem ter crescido e me expandido também. Depois dessa formação tentei iniciar meus próprios processos, mas não consegui. Ao fazer auto-coaching lidava com cobranças internas, e fora isso sentia que faltava algo, que ainda não havia me encai­xado na metodologia. Só agora, cursando uma pós-graduação em Coaching Ontológico é que estou preenchendo as lacunas que me incomodavam e me fa­ziam ter medo de atuar. Faltava a compreensão de que o pro­cesso é muito mais do que apli­car formulários e ferramentas, faltava liberdade para olhar para meu coachee como um ser humano e entender que tudo bem se alguma vez aque­la conversa mais informal ao fi­nal do encontro valeu mais do que a sessão inteira, faltava a liberdade de poder me encan­tar com meus coachees, por­que sim, me encanto com eles, ­torço por eles, sofro junto, rio junto, me preocupo. Sem ser complacente, aprendo cada vez mais a me conectar e des­conectar para que o processo siga saudável e eficaz.

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