Um empreendedor começa seu negócio a partir de grandes ideias que intuem possibilidades para a realização de sonhos encantadores. A partir daí a empreitada exige muito esforço pessoal, persistência, compromissos arriscados, vínculos de confiança frustrados – poucos consolidados, e muitos outros prazeres adrenais que agora fazem surgir novos objetivos tão bem justificados quanto os velhos sonhos do início da jornada. O empreendimento se transforma, então, numa empresa. Sob o controle e direção do imaturo empresário, pessoas tentam se organizar à sua volta e em prol de seus clientes. Nesta fase, ele provavelmente ainda exercita seu poder pessoal, alimentando-se emocionalmente dele.
Quando conscientizado da necessidade de profissionalizar seu negócio – organizá-lo sistemática e estrategicamente, o então proprietário de empresa ainda persistirá com muitas das suas antigas condutas que, no seu entendimento íntimo, foram as únicas alternativas capazes de levá-lo até onde chegou. Inicia-se aí um árduo e longo processo de crescimento pessoal e profissional, do qual depende a saúde competitiva de toda a corporação, que por sua vez, sob o exemplo e influência do dono mais amadurecido, também desenvolverá as outras pessoas envolvidas. Doravante, esses profissionais passam a atuar motivados pelos resultados formais de seus respectivos papéis na organização. Buscam, através de suas maturidades sempre em evolução, o crescimento do que interessa a todos por meio do que interessa especificamente ao seu cargo. Deixam de fazer pela pessoa do dono e passam a fazer por si, pela equipe, pela marca e pelo cliente. Essas mudanças têm causa prática: a capacidade de crescimento do que o empreendedor domina é limitada ao ponto da transformação necessária lá atrás e, ao contrário, a empresa organizada poderá crescer globalmente sem perder sua identidade corporativa.