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Edição #1 Especial - Outubro 2016

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Como Contratar um Coach?

Contratar um coach requer um processo cuidadoso, onde vale a pena a dedicação e atenção a etapas importantes, como as que proponho a seguir.

O primeiro passo, se necessário, é educar-se adequadamente a respeito de Coaching. Do que se trata afinal? Como essa prática se difere de Terapia, Consultoria e Mentoria? Busque informações a respeito, antes de prosseguir.

Na sequência, vale investir em uma boa e cuidadosa pesquisa, de forma a selecionar pelo menos 3 coaches a serem entrevistados. Além do seu próprio networking, boas fontes são os sites da ICF – International Coach Federation: veja em www.coachfederation.org (site da ICF Global), em www.icfbrasil.org (site da ICF Brasil) ou ainda em www.icf-sp.org (site da ICF Capítulo Regional SP). Coaches membros da ICF contam com um mínimo de 60 horas de treinamento específico em coaching e seguem um rigoroso código de ética. Aqueles que possuem uma credencial, passaram por formação certificada pela entidade e contam com um volume ainda maior de horas de treinamento, além da comprovação também de um mínimo de horas de prática profissional.

Agora é hora de se preparar e fazer entrevistas cuidadosas com cada um dos profissionais pré-selecionados, procurando explorar suas experiências, qualificações e habilidades. Para essas entrevistas, considere as seguintes questões:

  • Experiência profissional em Coaching: o coach deve ser questionado a respeito do tempo de experiência, quan­tas horas de Coaching já praticou, quantos e que tipos de clientes atendeu, assim como as situações e questões de Coaching trabalhadas;
  • Background profissional e experiên­cia em geral: coaches podem vir de diversas áreas de formação profissional – exemplos incluem Recursos Humanos, Psicologia, Treinamento e Desenvolvimen­to e Gestão de Negócios. Evi­dentemente, estes variados backgrounds implicam em que diferentes experiências e habi­lidades os coaches irão trazer para o relacionamento de Coa­ching. Outro aspecto importante, particularmente em Coaching exe­cutivo, diz respeito ao nível de ex­periência e conhecimento que o Coach possa ter em áreas de negócios específicas. Certamente isso é algo que pode ajudar, mas não necessariamente. Ainda que o coach possa contar com conhecimento e experiência profundos em negócios, a real contribuição de um coach está na sua habilidade de ajudar as pessoas a aprender e a se desenvolver. Ainda no Coaching executivo, pode ser relevante a experiência que o coach tenha em relacionamentos com determinados tipos de pro­fissionais em termos de senioridade, isto é, C-level, alta gerência, gerência média, etc. A questão chave é, portanto, encontrar o perfil que mais se adequa às necessidades e aos propósitos do programa de Coaching que você deseja;
  • Filosofia, a abordagem e a metodologia: o coach deve ser capaz de descrever de forma clara quais são suas filosofia, abordagem e metodologia pre­ferenciais em Coaching. Verifique como trabalha, qual a frequência e a duração das sessões, quais são os métodos e modelos utilizados e porquê. Ex­plore, também, a flexibilidade que demonstra para atender às suas necessidades específicas sem que, evidentemente, tenha que abrir mão das suas cren­ças e convicções. Um bom coach faz uso de diversos modelos e técnicas que se apoiam em diversas ba­ses teóricas, incluindo, por exemplo, teoria organi­zacional, psicologia ocupacional, desenvolvimento de lideranças, teorias de aprendizado adulto e ou­tras. Como regra geral, quanto mais simples as téc­nicas e ferramentas empregadas, mais efetivas elas tendem a ser. O coach deve fazer uso desse tipo de ferramentas por conta de propósitos específicos, isto é, visando estimular e encorajar a reflexão, o aprendizado e um processo de mudança e ele ou ela deve ser capaz de descrever essas ferramentas de for­ma clara e concisa durante esta etapa de seleção;
  • Histórias de sucesso: o coach deve ser capaz de des­crever de forma clara e específica, programas de Coa­ching que tenha conduzido, nos quais seus clientes fo­ram bem sucedidos no alcance dos objetivos pretendi­dos como resultado do programa. Devem ficar claros nessas histórias quais eram as situações envolvidas, quais eram os objetivos pretendidos e o que foi deter­minante para o sucesso dos programas;
  • Supervisão: supervisão em Coaching significa um diá­logo e interação entre o coach e um coach Supervisor, no qual o primeiro traz, para um diálogo reflexivo e consequente aprendizado colaborativo, suas expe­riências em Coaching, visando seu desenvolvimento e benefício assim como o dos seus clientes. Neste tipo de supervisão, o coach é levado a focar no processo de Coaching e, com isso, possibilitar um melhor en­tendimento das suas fortalezas, das suas fragilidades e, com isso, possibilitar seu crescimento profissional. Trata-se de uma prática crescente, que visa auxiliar o coach nos seus esforços de desenvolvimento, tanto em termos pessoais no que diz respeito ao aprofun­damento da presença e da consciência de Coaching, quanto profissionalmente em termos de competên­cias, éticas e padrões.
  • Filiação a Associações de Classe: verifique se o coach é membro de alguma associação de coaches profissio­nais, como, por exemplo, a ICF – International Coach Federation. Ser membro dessas associações, via de regra, implica na adesão a códigos rigorosos de con­duta e de ética que suportam a prática profissional de Coaching;
  • Credenciais: além da filiação a associações profissio­nais, verifique se o coach possui credenciais fornecidas por essas associações. Uma coisa é o coach apresentar uma certificação fornecida pela própria instituição na qual ele ou ela fez sua formação e/ou treinamento. Outra coisa é uma credencial obtida pelo profissional junto a entidades independentes de certificação em Coaching, o que assegura que o profissional tenha passado por formação e treinamento específicos em Coaching que sejam reconhecidos pela entidade cer­tificadora por conta de determinados requisitos e pa­drões mínimos exigidos. Além da formação, a creden­cial também implica que o coach tenha comprovado um determinado volume mínimo de horas de prática de Coaching profissional. Evidentemente, dispor de uma credencial não qualifica automaticamente um coach, mas se trata de uma referência cada vez mais importante e relevante nesse mercado. De acordo com o 2010 ICF Global Consumer Awareness Study, conduzido pela ICF – International Coach Federation, 84% das pessoas que passaram por uma experiência de Coaching revelaram que para elas era importante que os coaches dispusessem de uma credencial.
  • Elas conseguiram atingir seus objetivos de forma minimamente satisfatória como resultado do Coa­ching?
  • Qualificação técnica e treinamento: o coach deve ser capaz de demonstrar que possui as competên­cias técnicas específicas que são necessárias para prover os serviços de Coaching que estão sendo solicitados. É necessário, portanto, verificar qual é a formação específica em Coaching do profissional, os treinamentos realizados e como o coach trata do seu desenvolvimento contínuo;

 

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