Meta. O pote de ouro no fim do arco-íris. A recompensa pelo sacrifício oferecido. A busca para que um desejo se torne realidade, o ponto de referência no mapa...
Quais são suas metas? Profissionais, pessoais, relacionais, etc? Você tem estas metas claras e definidas? Quando foram criadas? Talvez estas perguntas não sejam tão difíceis de se responder. Mas seria bom termos mais elementos para lidarmos com estas questões.
O ser humano já foi definido como dual por diversas fontes e origens. Dizem que o ser humano é animal e racional, bom e mau, corpo e alma, yin e yang, etc. No coaching também tivemos estes conceitos desde o início. Tim Gallwey, conhecido por muitos como o “Pai do Coaching” e criador da metodologia, compreendeu que o ser humano tinha duas vozes de comando dentro de si: Self 1 e Self 2. Renato Ricci escreveu sobre Tim e alguns de seus conceitos (inclusive Self 1 e Self 2) na 1ª edição da Revista Coaching Brasil. Um pouco mais adiante nos aprofundaremos nestas duas vozes. Neste momento, o importante é sabermos de suas existências. Além disso, vivemos em um mundo de projeções de introjeções. Por um lado, projetamos nos outros conflitos e situações que nos pertencem. Por outro lado, aceitamos as projeções dos outros sobre nós, muitas vezes, criando “verdades mentirosas” dentro de nós mesmos. Será que esta dinâmica também não ocorre com as metas? Será que nossas metas são realmente nossas? Ou existe a possibilidade de serem metas impostas (explícita ou implicitamente) pela sociedade, pelos pais, familiares, empresa,etc? Já estas perguntas talvez sejam um pouco mais complexas para serem respondidas.
Para respondermos a todas estas indagações com clareza e criarmos consciência sobre toda a realidade relacionada às nossas metas, é necessário que separemos o joio do trigo. Precisamos compreender quais são os interesses de nossa família em nós, os desejos e expectativas de nossa empresa sobre nós, as demandas da sociedade a serem correspondidas por nós e principalmente, precisamos perceber e nos conscientizarmos de nossos próprios desejos, interesses e expectativas sobre nós mesmos. Necessitamos nos conhecer cada vez mais para que possamos entender melhor nossas metas e podermos avaliar se as metas atuais condizem com quem realmente somos.