“A felicidade é um princípio; é para alcançá-la que realizamos todos os outros atos; ela é exatamente o gênio de nossas motivações.”
Aristóteles
O homem anseia ser feliz... Se há algo comum a toda a humanidade é a busca pela felicidade. E é justamente isso que nos move e motiva a estudar, trabalhar, acreditar, realizar coisas, juntar e gastar dinheiro, fazer amigos, casar, ter filhos e tantas outras coisas que fazemos para sermos felizes.
Mas, o que é a felicidade, esse bem tão almejado e tão difícil de definir?
Com certeza você já ouviu diversas definições de felicidade, até porque o entendimento muda de pessoa para pessoa. Para alguns, ser feliz está relacionado a ter/possuir coisas e pessoas, glória, sucesso, beleza, riqueza; ao passo que para outros, encontra-se na paz de espírito, na consciência tranquila, na sabedoria, na fé, nas pequenas coisas da vida; outros ainda dirão que a felicidade é um estado interno, uma predisposição, uma decisão e que, por isso mesmo, independe dos fatores externos.
Independente da visão individual, felicidade está relacionada com um sentimento de satisfação, plenitude, alegria, contentamento, bem-estar, equilíbrio e prazer.
Passeando pela história da Filosofia, encontraremos diversas abordagens, pois a questão da felicidade sempre intrigou filósofos, cientistas e religiosos, que procuraram definir sua natureza e descobrir como é possível alcançar a felicidade plena.
Para Aristóteles, felicidade é “eudaimonia”, uma atividade de acordo com o que há de melhor no homem, a razão (“logos” - o pensar racional) associada com a virtude, então, aquele que organizar os seus desejos de acordo com um princípio racional terá uma ação virtuosa e a vida de acordo com a virtude será considerada uma vida feliz. Portanto, um homem feliz é um homem virtuoso; então a felicidade seria atingida pela prática do bem. Felicidade, para o filósofo grego, é uma atividade da alma de acordo com um princípio racional.
Epicuro acreditava que a felicidade seria alcançada pela satisfação dos desejos de uma forma equilibrada, que não perturbasse a tranquilidade do indivíduo, ou seja, não contaminada pelas paixões e excessos; os estóicos pregavam a tranquilidade obtida pelo autocontrole e a aceitação do destino como caminho para a felicidade, portanto, para ambos, a felicidade é fruto da aplicação da razão sobre as paixões, novamente, uma decisão racional.