Vivemos em um tempo em que os desafios se multiplicam com velocidade sem precedentes Nas organiza es nas equipes e at nas rela es pessoais a necessidade de resolver problemas tornou-se um elemento central da vida contempor nea Para muitos l deres o desafio n o apenas encontrar a solu o mas compreender como as pessoas aprendem colaboram e evoluem a partir dos problemas nesse contexto que o Action Learning se destaca um m todo ao mesmo tempo simples e profundamente transformador que combina reflex o a o e aprendizado coletivo Ao longo da hist ria cada civiliza o desenvolveu modos pr prios de pensar e lidar com os desafios Curiosamente muitos dos princ pios que hoje orientam o Action Learning j estavam presentes em pr ticas milenares Na Gr cia Antiga e no Oriente tanto o pensamento socr tico quanto as tradi es de Conf cio e Lao-Ts valorizavam o di logo a escuta e o equil brio como caminhos para o aprendizado Em ambas as vis es o problema n o era algo a ser eliminado mas uma oportunidade para refletir crescer e alcan ar sabedoria Com o Renascimento e o Iluminismo o foco deslocou-se da reflex o filos fica para a racionalidade cient fica Francis Bacon e Ren Descartes introduziram o m todo emp rico e dedutivo estabelecendo um novo padr o compreender causas testar hip teses e medir resultados Foi nesse contexto que surgiram as primeiras metodologias sistem ticas de solu o de problemas inspiradas pela ideia de controle e previsibilidade Essa tradi o culminou no s culo XX em m todos industriais e gerenciais como o PDCA Plan Do Check Act e o MASP M todo de An lise e Solu o de Problemas O MASP amplamente utilizado na engenharia e na gest o da qualidade segue a l gica do ciclo PDCA mas prop e etapas mais estruturadas voltadas elimina o de falhas redu o de desperd cios e garantia de efici ncia S o m todos racionais estruturados e focados em resultados mensur veis e por isso mesmo muito eficazes para ambientes de produ o Contudo como todo m todo de car ter t cnico eles encontram limites quando os problemas envolvem pessoas percep es cren as e intera es humanas complexas Paralelamente a essas metodologias mais racionais surgiram abordagens voltadas criatividade e inova o O Brainstorming o Brainwriting o Lateral Thinking e o Design Thinking s o alguns exemplos cl ssicos Cada um deles procura sua maneira estimular o pensamento divergente romper padr es mentais e provocar novas conex es S o ferramentas poderosas especialmente no desenvolvimento de produtos servi os e processos inovadores Mas nem sempre asseguram o aprendizado coletivo Muitas vezes o grupo gera ideias valiosas sem necessariamente refletir sobre o que aprendeu no processo justamente nesse ponto que o Action Learning se diferencia Criado por Reg Revans na d cada de e consolidado ao longo do s culo XX o m todo parte de uma premissa simples as pessoas aprendem melhor quando enfrentam problemas reais em grupo e refletem juntas sobre suas a es Para...