Poderia dizer que comecei como coach quando criança. Já me interessava pelos outros, principalmente por uma forma de diminuir seus sofrimentos. Talvez na adolescência, quando era o “caçula” da turma de amigos e, frequentemente, o “conselheiro”. Ou quando trabalhava com seguros de vida e entrei mais em contato com a morte e, por consequência, também com a vida. Pensando bem, o mercado imobiliário me ajudou muito a entender as emoções dos clientes. Quiçá tenha começado nos anos de gestão de carreira de atletas, me envolvendo diretamente com as questões pessoais e profissionais destes atletas. De repente, foi quando me tornei pai pela primeira vez.
Todas estas respostas seriam verdadeiras e nenhuma delas exclusiva, mas, foquemos no ponto da virada, onde me tornei oficialmente um coach.
Essa história começa quando estava em uma fase tranquila. Lembro que minha terapeuta, Isabel Pereira, disse que há um bom tempo não percebia uma melhora tão significativa como nas últimas semanas. E foi aí que, inconscientemente, abaixei a guarda. Duas semanas depois, sem nem perceber de onde nem como, estava mergulhado em uma depressão. Minhas forças estavam minadas e não havia energia para investir em quase nada. Resolvi bater um papo com meu clínico, Dr. Alberto Cukier, que, além de médico, sempre foi e é um “paizão”. Dr. Alberto me perguntou se eu não iria a uma colega, psicóloga, para que tivesse um parecer “técnico” sobre a situação. Ora! Não sabia nem como tinha conseguido ir até ele; quanto mais ir a outra pessoa e tendo que contar a história desde o início. Mas minha resposta foi “sim”! Dois dias depois estava sentado com a psicóloga indicada e depois de 2hs de conversa constatamos que o único segmento de minha vida que não estava tão “saudável” era o profissional. Só não sabia o quanto isso estava me afetando. Ela me perguntou se eu não passaria com uma colega, especializada em orientação profissional. Para alguém sem muita energia eles já estavam abusando, né?! (risos). E minha resposta, novamente sem me dar ao luxo de pensar sobre a pergunta, foi: “sim”!