revista-coaching-brasil-logo-1 icon-bloqueado icon-busca icon-edicoes icon-login arrow-down-sign-to-navigate

Edição #15 - Agosto 2014

Localize rapidamente o conteúdo desejado

Coaching e Felicidade


Coaching não é ferramenta para ge­rar felicidade. Mito ou verdade? Existe uma venda no mercado de ilusão de to­das as coisas maravilhosas que o Coa­ching pode entregar aos participantes deste processo, quase uma apologia à ascensão aos milagres.

Coaching deve gerar mobilidade com alguma satisfação, significa que algo acontecerá de positivo, levando o parti­cipante a alcançar um objetivo almeja­do. Mas poderíamos afirmar então que isso significa felicidade?

Nem os mais renomados estudiosos da Psicologia Positiva arriscam de­finir com convicção o que é ser feliz. Por exemplo, um executivo nos procu­ra (Coaches) para fazer uma mudança agressiva em sua carreira – uma mudan­ça de área, ou uma promoção desejada. As conversas ocorrem com o tom do desejo e da análise dos riscos e opor­tunidades envolvidos. Ao final, o cliente pode ou não atingir seu estado deseja­do - em ambas as situações a felicidade pode ou não estar presente. Por que?

Simples, o resultado desejado quan­do atingido, pode desencadear um processo que chamo da “síndrome do próximo prazer”. O cliente atinge aqui­lo que mais queria, e agora passa a de­sejar outra coisa ainda mais complexa, assim como uma criança negocia com pais e parentes próximos para con­seguir o brinquedo de seus sonhos, e quando o ganha, percebe que o mes­mo não era tudo o que imaginava, nes­se momento um novo desejo nasce.

Coaching não pode evitar tais fatos. Portanto o Coaching da Felicidade pode apenas tratar-se de uma falsa promessa mercadológica, apenas mais uma.

Felicidade, assim como moti­vação, são termos vagos e que dificilmente são alcançados em sua plenitude. Mudam de pes­soa para pessoa, de tempos em tempos, são influenciadas por fatores internos e externos, aos quais temos pouco ou, algumas vezes, nenhum controle.

Um jovem pode receber Coa­ching para auxiliá-lo a definir uma carreira. Pode estar feliz ao tomar esta decisão. Anos depois pode estar infeliz por descobrir que aquilo não era o que realmente queria. Um exe­cutivo aos trinta anos pode ser muito feliz ao ser promovido precocemente a um cargo mui­to importante. Meses depois a mesma vitória pode trazer conflito com uma vida pessoal plena. As pessoas reclamam da falta de tempo, mas quando se aposentam reclamam do ócio. Lutamos desde crianças para sermos “felizes” em conformi­dade com os prescritos de nos­sa sociedade. Saúde perfeita, uma conta bancária recheada, imóveis, carros bacanas, filhos bem educados, família unida. Mas esse padrão também muda e torna a conformidade da feli­cidade ainda mais complexa. As expectativas de um jovem que estuda no Brasil aos dezesseis anos é muito diferente do mes­mo jovem na Escandinávia, ou na África, ou no Oriente Médio. Mudando o ambiente cultural mudam os mecanismos que in­fluenciam o que podemos cha­mar de estado de felicidade.

Para ler este artigo completo...
Faça login ou conheça as vantagens de ser premium.
Faça seu login Veja as vantagens de ser Premium
Gostou deste artigo? Confira estes da mesma coluna:

O assediador é o outro

Trago um tema que muitas vezes evitamos discutir ou encarar: como cada um de nós pode, sim, ser um assediador sem se dar conta. Segundo a Controladoria Geral da União “O assédio pode ser configurado como condutas abusivas exageradas por meio de palavras, comportamentos, atos, gestos, escritos que podem trazer danos à personalidade, à dignidade ou à integridade física ou psíquica de uma... leia mais

8 minutos

O essencial cabe na bagagem de mão?

Algo muito importante e que não pode faltar. Esse é o significado da palavra essencial. Mas, como definir o que é essencial ou prioridade em nossa vida? É escolher o que realmente queremos, o que faz sentido e nos faz feliz? Ou acreditar que a vida nos apresenta um cenário e a gente vai se encaixando nele da melhor forma? Comparo essas questões com arrumar a mala. O que levar para uma... leia mais

5 minutos

Grupo 3 - Abordagens Metodológicas

Ao longo desses 10 anos da Revista Coaching Brasil, trouxemos muitas metodologias procurando abrir a “caixa preta”, e mostrar os fundamentos, foco, possibilidades e limitações de cada metodologia. Fiz uma lista com todas as abordagens metodológicas que já abordamos, e caso você sinta falta de alguma, por gentileza me avise que vou colocar na lista de próximas edições. Sempre... leia mais

10 minutos

Sobre Escuta Ativa

Ao falarmos de comunicação, a grande ênfase na maior parte dos cursos, é colocada na nossa capacidade e habilidade em nos comunicarmos bem, de forma clara. Praticamente em todo curso que ministrei sobre Comunicação Empática, com base na CNV (Comunicação Não Violenta), alguém citava a importância de termos uma comunicação assertiva. Bem, isso dá uma longa discussão sobre o que... leia mais

4 minutos

Pontos Fortes e Confiança

A confiança acelera os negócios, melhora os relacionamentos e reduz o estresse no trabalho. Ela é uma catalisadora da performance e do bem-estar humanos, porém não é um assunto trabalhado com a devida atenção e intenção no dia-a-dia. Vemos ambientes tóxicos, microgestão, lideranças sobrecarregadas, síndrome de impostor e índices alarmantes de ansiedade, preocupação e burnout em... leia mais

14 minutos
O melhor conteúdo sobre Coaching em língua Portuguesa
a um clique do seu cerébro
Seja Premium