Caros assinantes,
Como sinalizamos na edição de julho, esta edição fala sobre Felicidade.
Começar a construir uma edição abordando um tema tão profundo e complexo e ao mesmo tempo tão simples foi um desafio maravilhoso que nos fez explorar diferentes visões.
Fomos conversar com pessoas versadas em psicologia, filosofia, sociologia, espiritualismo e religiões.
Afinal, o que é este sentimento, a Felicidade, que sabemos claramente quando está presente e quando não está?
Parece que os Deuses, para tornar nossa vida dinâmica, colocaram dentro de nós os desejos. Quando realizamos um desejo nos sentimos felizes, mas isto logo passa. Isto nos intriga, porque sendo uma conquista tão importante, por que não nos emociona após um certo período?
Passamos então a perseguir outro desejo para sentirmos novamente aquela sensação, mesmo sabendo que passará. Mas existe um outro sentimento, muito mais complexo, que vem do fundo da alma, que é um estado de profunda satisfação, completude e bem estar. E o que mais intriga é que não depende de nada externo.
Talvez seja esta a grande brincadeira dos Deuses: esconderem a verdadeira felicidade dentro de nós, bem no fundinho da alma e passarmos a vida a procurá-la lá fora.
De tão rica que esta edição ficou com os textos que recebemos, tomamos a decisão de fazê-la em duas partes, como temos feito com outros temas que também renderam muito. Não seria justo descartarmos nada.
Nesta primeira parte, em nosso dossiê, contamos com três visões distintas e que se complementam. Começamos com Bel Cesar, psicóloga, que pratica a psicoterapia sob a perspectiva do Budismo Tibetano. Discípula de Lama Gangchen Rinpoche e mãe de Lama Michel Rinpoche. Ela traz a visão budista sobre a felicidade, que julgamos interessante trazer aos nossos leitores já habituados aos conceitos ocidentais. Temos também Dra. Susan Andrews, psicóloga e antropóloga pela Universidade de Harvard, EUA, doutorada em Psicologia Transpessoal na Universidade de Greenwich. Dra. Susan é uma estudiosa do tema e coordena o projeto FIB - Felicidade Interna Bruta. Completamos o dossiê com a visão de Renato Ricci, colocando o Coaching na jogada. Será que o Coaching faz as pessoas mais felizes? Será esta sua missão?
Na nossa próxima edição fechamos este tema, sem a pretensão de esgotá-lo.
Então prepare-se, boa leitura e seja feliz.
Luciano Lannes
Editor
Artigo publicado em 07/06/2017