“Eu basicamente preciso engajar as pessoas... normalmente é assim que acontece, e o desafio é mostrar os diferentes contextos onde atuamos e tentar fazer com que percebam que é preciso agir... Eu gostaria de saber como transmitir esse senso de urgência, para que as pessoas sintam que não é só pressão externa... Mas, na verdade, é mobilizá-las, engajá-las.”
— Cliente de coaching, líder climático em uma organização global de saúde
Essa reflexão sincera de um profissional do clima destaca um desafio universal: como mover as pessoas da compreensão para a ação significativa e sustentada? A resposta não está apenas em dados científicos ou argumentos mais persuasivos, mas em abordar liderança de forma mais profunda e consciente.
A Urgência da Liderança Climática Consciente
A crise climática não é apenas um desafio técnico ou científico—é, acima de tudo, um desafio humano. Embora fatos e números sejam essenciais, muitas vezes não são suficientes para mobilizar a ação coletiva. Líderes em sustentabilidade frequentemente enfrentam resistência, apatia ou prioridades conflitantes. Para superar a distância entre conhecimento e ação, precisamos de um novo paradigma: liderança climática consciente.
A liderança climática consciente representa uma mudança de paradigma na forma como abordamos a defesa do meio ambiente e a tomada de decisões. Ela integra insights da psicologia, neurociência e estudos de liderança para formar líderes que não apenas tenham conhecimento sobre questões climáticas, mas também sejam emocionalmente inteligentes, resilientes e capazes de inspirar ações transformadoras.
Como meu amigo e colega Simon Divecha aponta em seu trabalho sobre "impressão da alma” (Soulprint), o conceito enfatiza a manifestação do propósito da alma na vida real, alinhando às ações individuais com um senso mais profundo de conexão com a natureza e a comunidade (Divecha, 2026, pp. 1–2). Essa perspectiva é crucial para líderes que buscam inspirar outras pessoas diante da crise climática.