Pois bem… Chegamos a um momento importante e bacana deste dossiê, em que convido você, caríssimo leitor, à uma reflexão sobre a relevância desta conversa para o ambiente organizacional.
E o que são as organizações?
No discurso generativo, organizações são redes de compromissos. São estruturas onde duas ou mais pessoas compartilham o mesmo “Care” (o que importa cuidar), e estão comprometidas a realizarem ações para atingir juntas um resultado compartilhado. Uma organização pode ser um casal, uma família, uma comunidade, uma ONG, uma startup, uma empresa familiar, uma multinacional. Estas são todas estruturas compostas de pessoas (dimensão do Eu), que constituem junto com outros a dimensão do Nós, entregando resultados de valor na dimensão do Mundo.
Assim como nós, na dimensão do Eu, vivemos em narrativas, as organizações também vivem a partir de histórias que contam sobre si mesmas. E assim como nós construímos o nosso futuro em ações, conversas e práticas, assim o vivem também as organizações.
Organizações na escassez e/ou na extravagância
Quando nos conectamos com os aspectos da escassez e da abundância, começamos a identificar organizações que vivem nestes espaços.
Nos comenta um dos entrevistados: “São organizações que tiram o “osso” das pessoas, espremem elas. As pessoas estão estressadas, doentes, vivendo no medo, na ansiedade. A organização está voltada somente para o resultado financeiro e não prosperidade para a vida.” Outro entrevistado nos traz: “Escassez na organização faz com que grupos sejam competitivos, um descuido das relações.” Também são organizações onde existem o desperdício, o exagero, a falta de cuidado com o que se tem. Se na abundância temos fluidez, na escassez ou extravagância temos estagnação ou excessos. O que esta organização está ofertando cuida de uma vida fluida e equilibrada?